Ativista mexicana defende medidas urgentes e fala em ‘injustiça intergeracional’
Xiye Bastida: “Temos que pressionar para que a ciência climática se torne ação. Os políticos nos devem um mundo estável” — Foto: Annie Sakkab/Bloomberg
Deu o tom da emergência climática com clareza. “Se parássemos as emissões de gases estufa neste minuto, deixaríamos o mundo com um aumento de 1,1°C, o que já está causando danos imensos na forma de inundações, incêndios florestais, furacões, perda de biodiversidade, migrações forçadas e mais”.
Xyie cursou Estudos Ambientais com Concentração em Política e Estudos Latinoamericanos na Universidade da Pensilvânia. Veio ao Brasil em maio, cinco dias depois de ter concluído a graduação. Primeiro foi ao Pará, conhecer a floresta tropical; seguiu para São Paulo e ali visitou os guarani que vivem na Terra Indígena Jaraguá. “Foi uma experiência forte”, diz.
Minha casa em San Pedro Tultepec, a uma hora da Cidade do México, não foi danificada, mas o povoado inteiro foi afetado por uma grande inundação: nossa agricultura, a produção de milho, os animais. Foi a experiência que mudou a minha vida. A inundação mudou a minha perspectiva radicalmente - eu sentia que tinha que começar naquele momento a agir.
Para mim, a agenda climática é sobre arquitetura, é sobre planejamento urbano, é sobre o planejamento da água. É sobre tudo. Vejo tudo com lentes da crise do clima. E as pessoas não veem assim. Por isso é tão importante que nós ativistas, cientistas e acadêmicos falemos com governos, nas escolas, em toda parte, para contar uma história diferente.
Labastida Glasgow Cop26 Povos Indígenas
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