As siderúrgicas brasileiras ArcelorMittal, Ternium e CSN serão afetadas pela sobretaxa anunciada por Donald Trump sobre aço importado pelos Estados Unidos. O Brasil é um dos maiores exportadores de semiacabados de aço para o mercado americano, e essas empresas lideram esse setor. O governo brasileiro busca negociar um acordo com o governo Trump para minimizar os impactos da sobretaxa, destacando que o Brasil é um importante comprador de carvão americano, usado na produção de aço.
A sobretaxa anunciada por Donald Trump para o aço importado pelos Estados Unidos deve atingir três siderúrgicas instaladas no Brasil: ArcelorMittal, Ternium e CSN. De acordo com relatos feitos à CNN por executivos da indústria, essas companhias lideram as exportações de semiacabados de aço (principalmente laminados planos) para o mercado americano, que totalizaram US$ 2,8 bilhões em 2024.
No caso da ArcelorMittal e da Ternium, as principais exportações de semiacabados para os Estados Unidos têm sua produção localizada em Pecém (CE) e no Rio de Janeiro (a antiga Companhia Siderúrgica do Atlântico). Trata-se, segundo fontes, de vendas que abastecem as próprias siderúrgicas americanas em produtos finais. Na avaliação de fontes do setor, o Brasil tem um ponto que pode ser colocado em futuras negociações com o governo Trump: para fabricar esse aço, compra cerca de US$ 1 bilhão por ano em carvão proveniente dos Estados Unidos. Ou seja: menos produtos siderúrgicos fabricados no Brasil significam também menos importações de carvão americano. Em 2019, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump usou a Seção 232 -- uma medida alegadamente de segurança nacional -- para aplicar sobretaxa de 25% ao aço e de 10% ao alumínio importados. Três países, na ocasião, conseguiram negociar um acordo com o governo americano: Brasil, Argentina e Coreia do Sul. Todos aceitaram cotas máximas de importação que, se não fossem excedidas, ficavam isentas da sobretaxa. Agora, o governo brasileiro acredita na possibilidade de abrir negociações e pretende adotar um tom de cautela na reação a Trump. A maior dificuldade, no entanto, é a ausência de canais estabelecidos entre auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a cúpula do novo governo em Washington. Nenhum contato de alto nível foi feito, até agora, com o USTR (a representação comercial da Casa Branca) ou com o Departamento de Comércio. Nem com o Departamento de Estado ou com o Conselho de Segurança Nacional
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