Rodrigo Pacheco, senador e ex-presidente do Senado, rejeitou sondagens para assumir o Ministério de Minas e Energia, citando desconforto com as controvérsias que envolvem a pasta e o desejo de manter um representante de Minas Gerais na Esplanada dos Ministérios.
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) rejeitou sondagens informais de emissários do Palácio do Planalto para ocupar o Ministério de Minas e Energia, de acordo com fontes ouvidas pela coluna. Pacheco demonstra desejo de manter a representatividade de Minas Gerais na Esplanada dos Ministérios, mas, além disso, o ex-presidente do Senado expressa desconforto com as suspeitas que cercam o ministério atualmente.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem sido alvo de notícias sobre favorecimento da Âmbar, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em um negócio envolvendo uma distribuidora de energia do Amazonas.Desde a nomeação de Silveira, surgiram alegações de que o ministério agiu em favor da Âmbar, empresa dos Batista, em uma negociação com uma distribuidora de energia do Amazonas. Além disso, Silveira tem sido criticado por sua atuação em relação à Enel, distribuidora italiana de energia. Inicialmente, o governo se posicionou a favor de uma renovação antecipada das concessões da Enel e posteriormente criticou a empresa por sua lentidão na resolução de problemas causados pelas chuvas em São Paulo. Em outra polêmica, o governo mudou de posição sobre os 'jabutis' do projeto de lei das eólicas offshore. Após votar a favor de projetos que beneficiavam os interesses dos Batista e do empresário baiano Carlos Suaréz, conhecido como 'rei do gás', o governo alterou sua posição no Senado.Fontes próximas a Pacheco afirmam que o senador se sente desconfortável com essas controvérsias e que precisaria de um processo de 'compliance' no ministério para assumir a pasta. Portanto, ele prefere não aceitar. Pacheco e Silveira já foram aliados, mas divergiram em relação a indicações para diretorias de agências reguladoras, entre outros temas. A relação pessoal permanece, mas politicamente estão distante. Lula demonstra interesse em incluir Pacheco na Esplanada para fortalecer a relação com o Congresso, especialmente com o novo presidente do Senado, David Alcolumbre (União Brasil-AP), e para fortalecer uma eventual candidatura dele ao governo de Minas Gerais em 2026. Pacheco também é especulado para o Ministério da Justiça, mas o atual titular, Ricardo Lewandowski, hesita em deixar o cargo antes de finalizar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Segurança Pública. Procurado, Pacheco não comentou o assunto. Auxiliares do senador afirmam que ele está em um período de descanso após deixar a presidência do Senado e que não conversou sobre ministérios com o presidente Lula
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