SegurCaixa Adeslas e DKV Demandam Indemnização pela Perda com o Modelo Muface

Negócios Notícia

SegurCaixa Adeslas e DKV Demandam Indemnização pela Perda com o Modelo Muface
SaúdeMufaceSegurcaixa Adeslas
  • 📰 elpais_brasil
  • ⏱ Reading Time:
  • 224 sec. here
  • 13 min. at publisher
  • 📊 Quality Score:
  • News: 121%
  • Publisher: 53%

SegurCaixa Adeslas e DKV deixaram de fazer parte do modelo Muface, alegando perdas económicas e buscando uma indemnização. A situação coloca em causa a viabilidade do modelo, que está a ser questionado há anos.

SegurCaixa Adeslas e DKV estão a estudar fórmulas jurídicas para receber uma compensação pelas fortes perdas económicas sofridas com o último convenc\u00edo da Muface (2021-2024), a mutualidade administrativa que fornece saúde concertada a 1,53 milhões de funcionários e familiares. Ambas empresas decidiram não participar na nova licitação e estão em conversas com escritórios de advocacia de renome para reclamar uma indemnização.

A Adeslas calcula que com o concerto que expirou no passado dia 31 de dezembro, perdeu 256 milhões de euros, enquanto a DKV teria perdido outros 70 milhões. Se se adicionar a Asisa, as três empresas concessionárias perderam quase 600 milhões de euros. O modelo Muface tem sido questionado durante anos. A infrafinanciamento levou muitas empresas (como a Mapfre, Caser ou Sanitas) a abandoná-lo. O sistema baseia-se numa cota obrigatória entre 25 e 55 euros por mês que um milhão de trabalhadores públicos — principalmente docentes — tem que pagar para fazer parte desta entidade, adscrita ao Ministério da Fun\u00e7\u00e3o Pública. Esse pagamento dá-lhes direito a escolher anualmente se querem receber atendimento médico através de uma empresa de seguros privada ou pelo sistema de saúde nacional. Como a cota que os funcionários contribuem não é suficiente para cobrir o custo deste serviço, o Estado contribui para manter o sistema. A última proposta do Governo é melhorar em 33,5% o montante que as seguradoras recebem, o que elevaria o valor a ser pago nos três anos a 4.500 milhões de euros. Mesmo assim, apenas a seguradora Asisa continua a analisar se vai apresentar-se à nova licitação. Enquanto isso, a Adeslas e a DKV estão numa fase diferente. Quando assinaram o convenc\u00edo 2021-2024, já vinham a registar perdas. Embora a dotação tivesse sido melhorada em relação ao contrato anterior, a inflação descontrolada de 2022 voltou a desmantelar as contas. Para a nova licitação, ambas entidades reclamavam um aumento de pelo menos 40%. Como essa subida não foi alcançada, optaram por sair do negócio e contra-atacar, pedindo um ressarcimento económico. A SegurCaixa Adeslas, a maior seguradora de saúde de Espanha e que atendia a mais mutualistas, é propriedade em 50,1% do grupo Mutua Madrile\u00f1a e em 49,9% do CaixaBank. Nas torres negras da CaixaBank em Barcelona, analisaram durante semanas o que fazer relativamente à colaboração com a Muface, antes de optarem por não participar no novo concerto, o que coloca em causa a viabilidade do modelo. Fontes próximas à entidade explicam que agora “está-se a procurar como reclamar ao ministério pelas perdas sofridas nos últimos três anos”. O recurso aos tribunais está sobre a mesa, embora antes se tente encontrar um acordo. Também na DKV estão a trabalhar com alguns dos melhores advogados nacionais para analisar uma fórmula de indemnização. Ambas as empresas estão ainda a prestar serviços de saúde aos mutualistas, pois estão obrigadas por uma prorrogação forçada do contrato, que se estende até 1 de abril. A partir daí, desvincariam-se completamente da Muface, salvo se o ministério prolongasse a prorrogação até 1 de setembro, como já ameaçou. A nova data crucial para esta colaboração público-privada que tem em vilo um milhão de funcionários é o 27 de janeiro. O Governo optou na semana passada por prolongar o prazo para a apresentação de ofertas. O ministro do ramo, Óscar López, insistiu em que “até ao último momento se podem apresentar novas empresas”, mas a verdade é que a única que parece continuar a analisar o regulamento é a Asisa. E há sérias dúvidas de que possa interessar-se em participar sozinha quando a Adeslas assegurou que, se apresentassem no novo convenc\u00edo 2025-2027, sofreriam novamente perdas, no valor aproximado de 250 milhões de euros. No caso da DKV, as perdas poderiam chegar a 100 milhões. Como se poderia explicar que a Asisa, sozinha, assuma um negócio que para as suas concorrentes é uma ruína? Em caso de que a Asisa não se apresente à licitação, a opção mais provável é que o Ministério da Transformação Digital e da Fun\u00e7\u00e3o Pública lance outro procedimento de contratação pública, o terceiro num curto espaço de tempo. Em caso de que se chegasse a este ponto, as seguradoras que agora se retiraram só participariam se o valor que recebem em prémios fosse novamente melhorado. Fontes ligadas à Adeslas reconhecem também que “proporá-se ao Governo incorporar algum tipo de blindagem ou garantia para que houvesse uma compensação em caso de que o contrato gerasse novas perdas”. Em adjudicações de obras públicas é muito frequente que as empresas contratadas alegam perante a Administração a ocorrência de circunstâncias sobrevenidas para pedir uma modificação contratual que implique o pagamento de mais dinheiro. O debate no caso da Muface é como poderiam ser acreditadas essas alterações materiais que justificassem um aumento nas prémios.

Resumimos esta notícia para que você possa lê-la rapidamente. Se você se interessou pela notícia, pode ler o texto completo aqui. Consulte Mais informação:

elpais_brasil /  🏆 21. in BR

Saúde Muface Segurcaixa Adeslas DKV Indemnização Modelo De Saúde Cota Obrigatória Perdas Económicas

Brasil Últimas Notícias, Brasil Manchetes

Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.

DKV Sai do Concerto de Saúde para Funcionários em EspanhaDKV Sai do Concerto de Saúde para Funcionários em EspanhaDKV deixa o concerto de saúde para funcionários em Espanha após quase 50 anos, juntando-se à SegurCaixa Adeslas. Asisa é a única companhia restante no processo, com prazo até 15 de janeiro para se apresentar. A situação causa apreensão entre milhares de funcionários que aguardam por uma solução.
Consulte Mais informação »

Adeslas Recusa Participação no Novo Acordo de Saúde para Funcionários PúblicosAdeslas Recusa Participação no Novo Acordo de Saúde para Funcionários PúblicosA maior seguradora de saúde da Espanha, Adeslas, recusa participar no novo acordo de saúde para funcionários públicos, alegando que a proposta económica do governo é insuficiente. Esta decisão coloca em risco a atenção médica de 1,5 milhões de trabalhadores e familiares.
Consulte Mais informação »

Adeslas Recusa Participar no Novo Convenio de Saúde para Funcionários PúblicosAdeslas Recusa Participar no Novo Convenio de Saúde para Funcionários PúblicosA Adeslas, maior seguradora de saúde da Espanha, recusou-se a participar no novo convenio de saúde para funcionários públicos de 2025-2027. A empresa considera a proposta económica do Governo insuficiente, alegando que acarretaria perdas de 250 milhões de euros nos próximos três anos. A decisão deixa em aberto o futuro da assistência médica de 1,5 milhões de funcionários públicos e familiares, que poderão optar entre a saúde pública ou concertada.
Consulte Mais informação »

Governo Aumenta Prêmio para Seguradoras em Novo Contrato MufaceGoverno Aumenta Prêmio para Seguradoras em Novo Contrato MufaceO Governo português aprovou um aumento de 33,5% no prêmio pago para as seguradoras que prestarem serviços de saúde através do Muface, visando garantir a continuidade da cobertura para 1,5 milhões de funcionários públicos e suas famílias.
Consulte Mais informação »

El Gobierno amplía dos semanas el plazo para que las aseguradoras opten al concierto de MufaceEl Gobierno amplía dos semanas el plazo para que las aseguradoras opten al concierto de MufaceLas aseguradoras han ido desertando en masa a lo largo de las últimas semanas de la mutualidad de los funcionarios públicos
Consulte Mais informação »

El rompecabezas de Muface pone en jaque la sanidad de un millón de funcionariosEl rompecabezas de Muface pone en jaque la sanidad de un millón de funcionariosEl modelo da síntomas de agotamiento tras varios lustros de infrafinanciación
Consulte Mais informação »



Render Time: 2025-02-22 23:13:53