Jorge Pontes: Sabatina de Aras foi uma peça do teatro de absurdo em que se transformou o Brasil
Nessa última terça-feira, o Procurador Geral da Repúblicafoi sabatinado, durante seis horas, pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, tendo o seu nome aprovado por um placar folgado de 55 votos a 10.
A sabatina de Aras foi uma peça do teatro de absurdo em que se transformou o Brasil: o ocupante do cargo mais relevante para a persecução penal de autoridades com foro privilegiado mostrando-se submisso aos interesses dos caciques do fisiologismo político. Essa situação nos mostra que as instituições estão sendo cada vez mais conquistadas pela cabeça, pelo topo, e, talvez, por conta disso, as listas tríplices deveriam ser instituídas, como freios e contrapesos, por força de lei, de forma mais ampla, e não apenas por costume, no âmbito do Ministério Público, mas de outras instituições como Receita Federal e polícias judiciárias, entre outras.
O mais interessante foi assistirmos senadores petistas e bolsonaristas irmanados na confirmação de mais dois anos para Augusto Aras, que foi o Procurador Geral da República que bateu o último prego na tampa do caixão da Operação Lava Jato.
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