RJ: Casa que acolhe LGBTs sofre ordem de reintegração de posse em Copacabana - ISTOÉ Independente

Casa Nem busca uma solução para manter suas atividades

Sob risco de ser retirada do prédio que ocupa em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, a Casa Nem busca uma solução para manter suas atividades. Primeiro lar de acolhimento para lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais do estado, o projeto abriga atualmente cerca de 80 pessoas, segundo a coordenadora, Indianare Siqueira.

Em 21 de outubro do ano passado, a 15ª Vara Cível do TJRJ atendeu ao pedido pela primeira vez. Recursos contra a decisão foram recusados em primeira e segunda instâncias, e, após embargos de declaração, a juíza Daniela Freitas expediu novo mandado de reintegração de posse em 18 de junho.

“Para onde vão essas famílias LGBTIs já vulnerabilizadas?”, questionou a defensora pública. Para Letícia, uma reintegração como essa depende de uma série de questões, como o local para onde serão levadas as pessoas e seus pertences. Além do abrigo para cerca de 80 pessoas, a Casa Nem oferece atendimentos externos e oficinas para mais de 100 LGBTIs. Recentemente, 80 pessoas atendidas pelo projeto participaram de uma oficina em que produziram 17 mil máscaras de proteção contra o novo coronavírus, que foram distribuídas gratuitamente.

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