Um novo estudo publicado na revista científica Journal of Clinical Virology destaca o risco de novos surtos da dengue devido à baixa imunização da população e à circulação de sorotipos diferentes. O aumento de casos do sorotipo 3 em São José do Rio Preto acende o alerta.
O ressurgimento do sorotipo 3 da dengue causa preocupação entre cientistas no Brasil. Um estudo publicado na revista científica Journal of Clinical Virology destaca o risco de novos surtos devido à baixa imunização da população e à circulação de outros sorotipos. O aumento de casos em São José do Rio Preto acende o alerta. Os pesquisadores recomendam a vacinação e o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Medidas simples em casa podem prevenir a proliferação do mosquito.
O Irineu, iniciativa do GLOBO que oferece aplicações de inteligência artificial aos leitores, foi utilizado na produção deste texto.O DENV-3, um sorotipo do vírus da dengue, pode propiciar novos surtos no país, segundo um novo estudo publicado na revista científica Journal of Clinical Virology por cientistas brasileiros. Os sorotipos são variações do vírus que, embora pertençam à mesma espécie, apresentam diferenças em sua composição antigênica, ou seja, diferenciam-se em suas formas de infecção. Segundo os pesquisadores, uma nova onda de casos pelo sorotipo 3 pode surgir devido ao cenário atual, no qual a população do país não está suficientemente imunizada, enquanto outras duas variantes continuam em circulação, os sorotipos 1 e 2, DENV-1 e DENV-2, respectivamente. — A última epidemia significativa de DENV-3 no Brasil, e mais especificamente em São José do Rio Preto, ocorreu há mais de 15 anos. Já os sorotipos DENV-1 e DENV-2 continuam circulando continuamente pelo país. Se o sorotipo 3 se estabelecer novamente e prevalecer esse quadro, isso pode levar a formas severas de uma epidemia de dengue. É exatamente essa situação que estamos vivendo neste momento em São José do Rio Preto — afirma Maurício Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e um dos autores do estudo, à Agência FAPESP. O aumento nos novos casos do sorotipo 3 se deu a partir do final de 2023 na cidade do interior do estado de São Paulo. De 106 casos relatados foi observado um salto para 1.008 casos no ano seguinte. Esses números foram registrados com a vigilância ativa de arbovírus em pacientes com sintomas semelhantes aos da dengue atendidos no Hospital de Base de São José do Rio Preto e em unidades de pronto atendimento (UPAs).— Entre 2023 e 2024 tivemos uma epidemia de dengue em São José do Rio Preto, causada principalmente pelos sorotipos 1 e 2. Em meados de 2024 o DENV-1 quase desapareceu, o DENV-2 passou a ser o agente principal e os casos de DENV-3 começaram a subir. E hoje ele é o principal agente aqui no município — aponta Lacerda. Além disso, também existe o sorotipo DENV-4. Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes, uma por cada sorotipo. Ser infectado mais de uma vez e de forma subsequente por diferentes sorotipos aumenta o risco de desenvolver formas mais graves da doença. 'O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença. Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas', diz uma nota recente publicada pela pasta.As duas formas mais recomendadas para se proteger contra o vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, é através da vacinação, que está inclusa no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), e o controle dos locais onde o inseto pode se desenvolver. A partir da eliminação dos locais onde o mosquito pode crescer, é possível se prevenir em casa
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