Alguns funcionários que tentaram denunciar supostos abusos e irregularidades dizem que foram penalizados ou até demitidos g1
"Por que o secretário-geral não está dizendo: 'Isso é ultrajante, o que fazemos a respeito?'", questiona Purna Sen — Foto: BBC
A ONU, por sua vez, afirma que está comprometida em proteger "denunciantes legítimos" e responsabilizar os funcionários.O documentário The Whistlebowers: Inside the UN, da BBC, apresenta relatos de funcionários que tentaram apresentar denúncias — incluindo casos de fraudes e abuso sexual. Todos disseram que foram penalizados depois de se manifestarem — e alguns foram demitidos.
Ao programa Newsnight, da BBC, ela afirmou que não está surpresa com os testemunhos "profundamente perturbadores". Em um comunicado, o gabinete de Guterres disse que permanece aberto a qualquer análise externa de seus esforços "para combater má conduta de qualquer tipo".As Nações Unidas têm um status legal protegido, e os funcionários seniores têm imunidade diplomática de todas as leis nacionais.Isso é concedido à organização para protegê-la de interferências ao realizar seu trabalho.
Ele acrescentou que a mulher foi desencorajada a denunciar seu suposto caso de abuso e informada que não adiantaria em nada se manifestar, já que o homem em questão era uma espécie de "filho favorito". "O abuso, a exploração e o assédio sexual na ONU acontecem nas sedes, acontecem de segunda a sexta-feira. Acontece durante o horário normal de trabalho, acontece em todos os lugares", afirmou.
"Isso é muito doloroso porque é quase como ser violada novamente. É como se não te dessem a chance de respirar." "O que sabemos sobre os casos é apenas a ponta do iceberg, e este é um ponto muito importante, as pessoas sentem que haverá consequências adversas por denunciar, que serão retaliadas."