As declarações do novo presidente americano, Donald Trump, sobre tarifas para produtos importados, podem impactar significativamente a relação comercial entre Brasil e EUA. Apesar do Brasil ser o segundo maior parceiro comercial dos EUA, o futuro das trocas comerciais entre os dois países permanece incerto.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil , e as declarações do novo presidente, Donald Trump , sobre a implementação de tarifas a produtos importados podem ter consequências significativas para o Brasil . Trump prometeu tarifas para parceiros comerciais da Europa, Canadá, México e China, e afirmou que 'eles precisam de nós muito mais do que precisamos deles', em relação ao Brasil .
Em economia, a relação entre dois países pode ser medida pela balança comercial, e o saldo entre Brasil e Estados Unidos demonstra uma troca relativamente equilibrada, com o Brasil gastando um pouco mais com produtos americanos. De 2009 até o presente, o Brasil tem comprado mais do que vendido para os Estados Unidos, com uma diferença pequena em 2024. Gastamos US$ 40,5 bilhões com importações de produtos americanos, enquanto eles compraram US$ 40,3 bilhões em produtos brasileiros, um valor recorde na história comercial dos dois países. Esse saldo negativo de US$ 253 milhões, segundo a professora de economia da PUC de São Paulo, Cristina Helena, demonstra que o Brasil é um bom parceiro comercial, pois promove trocas internacionais recíprocas. O Brasil exporta principalmente petróleo, ferro, aço e café para os Estados Unidos e importa combustíveis derivados de petróleo, gás natural, peças e motores de aviação. Essa relação comercial é exemplificada pela exportação de aviões brasileiros Embraer para os Estados Unidos. Embora o Embraer utilize muitos componentes importados dos Estados Unidos, a redução na produção de aviões brasileiros afetaria empresas americanas que fornecem esses componentes, criando um impacto negativo para ambos os países. O doutor em economia do Mackenzie, Hugo Garbe, ressalta que a economia americana prosperou em um mundo globalizado, e a narrativa protecionista de Trump vai contra essa característica. Garbe acredita que, apesar do discurso de Trump, ele reconhece a importância do Brasil para a economia americana
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