O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, abriu a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia em um momento de incertezas sobre o papel dos EUA na região. Starmer defende a liderança britânica na segurança ucraniana e a necessidade de envolvimento da Ucrânia em negociações de paz.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer , considerou a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, destacando a importância da segurança coletiva na Europa . Ele endossa a liderança britânica nas discussões sobre a segurança ucraniana, ressaltando a necessidade de envolver a Ucrânia nas negociações de paz para evitar repetir erros do passado. Essa postura surge em meio a pressões e incertezas sobre o papel dos EUA na região.
A cúpula europeia em Paris busca analisar a situação e os esforços de Donald Trump para resolver o conflito, enquanto Starmer defende um equilíbrio entre força e diálogo para garantir a segurança do continente. Em artigo publicado no jornal Daily Telegraph, Starmer afirma que a Europa está diante de um momento histórico sobre a segurança coletiva do continente, e que o momento exige um maior engajamento: ele defendeu o aumento nos gastos com defesa, ecoando um argumento do próprio Trump (com quem se encontrará nos próximos dias), e afirmou que o além da ajuda financeira, Starmer foi além, dizendo que esse papel de liderança “significa estar pronto e disposto a contribuir para as garantias de segurança da Ucrânia, colocando nossas próprias tropas no terreno, se necessário”. “Sinto profundamente a responsabilidade que vem com o potencial de colocar militares britânicos e mulheres em perigo. Mas qualquer papel em ajudar a garantir a segurança da Ucrânia está ajudando a garantir a segurança do nosso continente e a segurança deste país”, escreveu Starmer. Essa foi a primeira vez que o premier trabalhista manifestou a possibilidade de enviar militares à Ucrânia como parte de uma força de manutenção de paz, e parece endossar, ao menos em teoria, a proposta de uma força de paz europeia para a Ucrânia, que ele e Macron estão discutindo, a portas fechadas. Segundo o Daily Telegraph, Starmer e Macron estão discutindo, a portas fechadas, estabelecer uma força de paz europeia para a Ucrânia, mas cujos detalhes ainda não foram fechados. Segundo estimativas, poderiam ser necessários até 100 mil soldados. Nesta segunda-feira, líderes europeus se encontrarão, em caráter de emergência, em Paris, onde discutirão os recentes avanços de Trump para tentar resolver o conflito, que está prestes a completar três anos. Na semana passada, representantes de Washington e Moscou se encontrarão na Arábia Saudita nos próximos dias, e Trump disse, neste domingo, que poderá se encontrar com Putin “muito em breve”. Até agora, os líderes europeus e a Ucrânia não foram convidados para conversas, embora Trump tenha afirmado que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, será envolvido nas negociações — Kiev reafirmou que não concordará com qualquer plano que seja elaborado sem sua participação. Em seu artigo, o premier britânico concordou com o ucraniano. “Devemos deixar claro que a paz não pode vir a qualquer custo. A Ucrânia deve estar à mesa nessas negociações, porque qualquer coisa menos seria aceitar a posição de Putin de que a Ucrânia não é uma nação real”, escreveu Starmer. “O presidente Zelensky e o povo ucraniano demonstraram a mais extraordinária resiliência e fizeram grandes sacrifícios na defesa de sua nação. Não podemos ter outra situação como o Afeganistão, onde os EUA negociaram diretamente com o Talibã e cortaram o governo afegão. Tenho certeza de que o presidente Trump também vai querer evitar isso.” Para Starmer, além do aparente desdém de Trump pelos europeus sobre a Ucrânia, declarações recentes da Casa Branca sugerem que os americanos querem reduzir seus compromissos de segurança com o continente. Por isso, argumenta que o bloco deve ter um papel cada vez maior sobre a própria segurança, ao mesmo tempo em que defende a parceria com Washington. Para ele, “o apoio dos EUA continuará sendo essencial e uma garantia de segurança dos EUA é essencial para uma paz duradoura, porque somente os EUA podem impedir Putin de atacar novamente”. “Esses dias cruciais que virão determinarão a segurança futura do nosso continente. Como direi em Paris, a paz vem pela força. Mas o inverso também é verdade. A fraqueza leva à guerra”, escreveu o premier. “Este é o momento para todos nós nos levantarmos, e o Reino Unido o fará porque é a coisa certa a fazer pelos valores e liberdades que prezamos, e porque é fundamental para nossa própria segurança nacional”.
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