Raphinha, atacante do Barcelona, expressa ambições de conquistar a Liga dos Campeões e a Bola de Ouro em entrevista à revista francesa 'France Football'. Ele destaca sua mentalidade competitiva, seu papel de liderança no time catalão e a importância do apoio dos treinadores Xavi e Hansi Flick. A trajetória do jogador, desde a favela de Porto Alegre até as vitórias no Barcelona, é retratada como um exemplo de superação.
Raphinha, um dos destaques do Barcelona nesta temporada, aproveita o momento positivo de forma consciente e ambiciosa. Após contribuir para a classificação do time catalão para as oitavas de final da Liga dos Campeões, com a segunda melhor campanha, o brasileiro não esconde o desejo de conquistar pela primeira vez a competição. Para ele, o prêmio de Bola de Ouro seria a consequência natural do seu esforço em campo.
Em entrevista à revista francesa 'France Football', o atacante afirmou: 'A minha próxima tatuagem será a Liga dos Campeões'. 'Para ganhar a Bola de Ouro é bom ser visto', disse, com modéstia, o atleta de 28 anos, destacando a importância da competitividade para alcançar seus objetivos: 'Quando perco, posso explodir. Trabalho muito o aspecto mental para recuperar a calma e a confiança necessárias para fazer as coisas bem'.Raphinha se sente integrado no Barcelona e satisfeito com a liderança que exerce no grupo. 'Um capitão tem de lutar no melhor sentido da palavra: pelo clube, pela camisa que veste, pelos seus companheiros. Ele tem de almejar a excelência, ajudar os jovens e os veteranos e aprender com eles também. Onde quer que eu tenha ido, sempre tentei garantir que todos se sentissem bem dentro do grupo', comentou. O jogador, porém, reconhece que tudo isso teria sido impossível sem o apoio do ex-técnico Xavi Hernández e a confiança do atual treinador, Hansi Flick, a quem agradece: 'Ele (Flick) me ligou e disse que eu era um dos jogadores com quem ele estava contando, sem me conhecer ou ter me visto treinar. Isso foi muito importante na minha decisão de ficar e me permitiu trabalhar com total serenidade para atingir o melhor nível'.O apoio de Xavi foi fundamental para que Raphinha permanecesse no Barcelona após um ano de altos e baixos desde sua contratação junto ao Leeds, da Inglaterra. 'Apesar dos rumores sobre minha saída na temporada passada, sempre dizia que contava comigo. Xavi estava convencido de que com muito trabalho eu me tornaria um jogador de futebol importante', acrescentou. Em conversa longa para estampar a capa da France Football, Raphinha também relembra como as dificuldades na periferia de Porto Alegre (RS), na Restinga, ajudaram a moldar sua personalidade: 'Crescer em uma favela é sempre complicado. As pessoas têm dificuldades econômicas e poucas oportunidades de sair da situação. Ao mesmo tempo, é muito gratificante quando você consegue, como aconteceu comigo. Tornei-me quem sou hoje graças a tudo que vivi dentro da minha comunidade. Isso me fez crescer pessoal e profissionalmente'.
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