5 dias antes do Grito do Ipiranga, a imperatriz Maria Leopoldina assinou a IndependenciadoBrasil: 'Ajudou a escrever nossa história política, mas é comum explicá-la apenas como mãe de D. Pedro 2º e esposa de D. Pedro 1º', diz o escritor Paulo Rezzutti.
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Aos 20 anos, em maio de 1817, Leopoldina se casou à distância e por procuração com um homem que nunca havia visto: o príncipe português Pedro de Bragança, futuro Dom Pedro 1º, como forma de firmar uma aliança diplomática entre Portugal e Áustria. "O período em que a princesa exerceu o poder foi pequeno, mas fundamental para o Brasil. Além disso, ela foi a primeira mulher a exercer o governo", explica a professora de pós-graduação em História Social da USP Cecilia Helena L. de Salles Oliveira.
"Quando entra para a história, a figura da mulher o faz por causa de uma suposta 'santidade' ou por causa de suas relações familiares, dando a impressão que somente homens fizeram parte de assuntos como a política nacional", afirma o escritor."D. Leopoldina ajudou a escrever nossa história política, mas é comum explicá-la apenas como mãe de D. Pedro 2º e esposa de D. Pedro 1º".D.
O professor do departamento de História da USP, João Paulo Garrido Pimenta, explica que todos os Habsburgo do século 19 foram criados para governar.Recusa de Leopoldina a retornar a Portugal divide opiniões: foi atitude revolucionária ou apenas estrategista? | Foto: domínio público Fazia parte da formação da família o aprendizado de línguas - Leopoldina falava 11 idiomas - a formação intelectual em diversas áreas do saber, além de aulas de teatro que tinham a finalidade de ensinar os Habsburgos a desempenhar o papel de monarcas diante do povo.
"Como uma arquiduquesa, Leopoldina foi educada com os mais rígidos padrões de etiqueta, conduta, pensamento moral e religioso, dos quais jamais se afastou. Foi educada para ser como foi, uma imperatriz consorte, que deveria obedecer ao marido em tudo e por tudo, aceitando, inclusive, sua infidelidade, grosseria e caprichos", aponta a pesquisadora, destacando a submissão da austríaca a D. Pedro.
Rezzutti conta que em uma das últimas que escreveu à família, Leopoldina chegou a afirmar que essas humilhações a levariam a morte."Até no seu leito de morte foi necessário que afastassem a amante do marido, a Marquesa de Santos, para que Leopoldina pudesse, pelo menos, morrer em paz", completa Vasconcelos.
"Mesmo antes de conhecer o Brasil e seu futuro esposo, Leopoldina preocupava-se com o bom exercício de sua função pública como princesa que, por meio de seu casamento com D. Pedro 1º, serviria para aproximar diplomaticamente Áustria e Portugal", explica o historiador.Durante a vida, Leopoldina procurou formas de acabar com o trabalho escravo.
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