Com quase 90% dos votos contabilizados, decisão deve ir para 2º turno, pela primeira vez em 37 anos; Mesa, jornalista e historiador que foi presidente por 20 meses, é tido como último mandatário neoliberal do país.
Em 17 de outubro de 2003, enquanto o então presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, deixava o país em um voo para Miami, Carlos Mesa chegava à sede do Congresso para prestar seu juramento.
Alvo tanto de manifestantes quanto de partidos políticos, Mesa acabou por renunciar ao cargo. Agora, 14 anos depois, se aproxima de uma segunda chance graças ao resultado da eleição presidencial deste domingo . Desde então, eles não se afastaram e hoje o segundo é um dos conselheiros da campanha presidencial de seu amigo.Melogno, em entrevista à BBC News Mundo , lembrou que Mesa sempre demonstrou interesse por diferentes temas, como história, política, cinema e futebol,"mas não para jogar, porque ele não era muito habilidoso".
A linha editorial passou a ser alvo de críticas, em razão do alinhamento com as medidas"neoliberais" da época, como a privatização das empresas bolivianas. Em 2002, já como um dos rostos mais famosos na mídia boliviana, aceitou o convite para ser o vice-presidente de Gonzalo Sánchez de Lozada.No início do século, o descrédito em torno dos partidos políticos na Bolívia era bastante elevado, com seguidas manifestações e bloqueios nas ruas, tendo Evo Morales como um de seus principais protagonistas.
Sem maioria no Congresso e com o país em meio a uma crise econômica e social, o novo governo assumiu em 6 de agosto de 2002, mas não durou 15 meses.As manifestações e os bloqueios nas ruas e estradas aumentaram à medida que crescia a rejeição a um projeto do governo para exportar reservas de gás para os Estados Unidos, considerado desvantajoso para o país.
Em sua descrição do período na obra, ele fala em"momentos em que os eventos aconteceram vertiginosamente". Mesa é frequentemente responsabilizado pelas dificuldades econômicas que o país enfrentou quando ele era presidente. A oposição boliviana busca alternativas para derrotar Morales há 14 anos, mas uma candidatura única nunca foi acertada em todo esse tempo.Governante há mais tempo no poder, Evo Morales tenta se reeleger para um quarto mandato consecutivo
Desde que se tornou candidato, Mesa foi questionado sobre acusações de recebimento de recursos ilegais quando era candidato à vice-presidência de Sánchez de Lozada. Para alguns, o candidato se saiu bem em não responder às acusações. Outros argumentam que seu silêncio e sua hesitação sobre as denúncias foram o ponto fraco de sua campanha.
Apesar de começar com uma política de nacionalizações, tipicamente identificada com governos de esquerda mais radicais, o modelo de crescimento boliviano não excluiu as empresas privadas. Pelo contrário.
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