Um novo relatório da Chainalysis revela uma queda surpreendente de 35% no volume total de pagamentos de resgate por ransomware em 2024, em comparação com o recorde de 2023. Apesar do aumento no número de ataques cibernéticos, empresas, governos e autoridades policiais demonstraram um maior preparo em cibersegurança, desmantelando grupos de ransomware e aumentando a conscientização sobre os riscos. Essa mudança de postura resultou em uma queda significativa nos pagamentos de resgate, com cibercriminosos recebendo US$ 813,55 milhões em 2024, em comparação com US$ 1,25 bilhão no ano anterior.
O setor de cibersegurança está longe de se livrar dos ransomwares, as ameaças que travam sistemas e 'sequestram' dados e servidores inteiros. No entanto, um novo relatório revela uma visão mais otimista do combate a esse crime virtual em 2024. De acordo com um levantamento da Chainalysis , o volume total de pagamentos de resgate em caso de infecção por ransomware caiu 35% em relação ao ano anterior. A notícia é recebida com grande otimismo, sendo inclusive uma rara queda em um período ao outro.
Cibercriminosos receberam um valor aproximado de US$ 813,55 milhões (ou R$ 4,69 bilhões em conversão direta de moeda) em 2024, uma queda brusca em relação aos US$ 1,25 bilhão (R$ 7,21 bilhões) registrados em 2023 — que também foi o recorde da indústria em valores pagos por esse tipo de ataque. Curiosamente, o primeiro semestre dava indícios de que essa queda não aconteceria, já que ocorreram pagamentos altos que incluíram o recorde de US$ 75 milhões a uma única organização criminosa, a Dark Angel. No entanto, o cenário mudou bastante nos meses seguintes e a frequência dos resgates negociados caiu até o fim do ano.O que explica essa queda em pagamentos de ransomware? A Chainalysis aponta vários fatores que explicam essa alta queda, apesar de ela não ser esperada por especialistas. Uma boa parte da explicação está relacionada com um maior preparo em cibersegurança como um todo por empresas, governos e autoridades policiais ao redor do mundo. Por meio de maior capacitação de agentes e colaborações internacionais, diversas ações nos últimos dois anos desmantelaram grupos de ransomware de peso, como o Lockbit. Esse desmanche em equipes numerosas e altamente perigosas, seja por prisões ou por vontade própria, fez com que equipes menores ou invasores isolados fossem mais ativos durante o segundo semestre — sem tanta habilidade de quebrar a segurança de grandes corporações ou negociar resgates. Além disso, o próprio mercado está mais ciente do funcionamento do ransomware e dos cuidados necessários para evitar uma infecção — por mais que eles estejam mais sofisticados, agora utilizando até inteligência artificial (IA) e métodos de phishing ou engenharia social complexos. Dessa forma, defesas foram melhoradas e as próprias companhias aprenderam que é importante não aceitar o pagamento do resgate, já que isso não significa o retorno dos dados e ainda é uma forma de manter esse mercado criminoso em operação. O número de ransomwares chegou a aumentar no segundo semestre, mas o período também marcou a maior quantidade de recusas ao pagamento do resgate. Em alguns casos, isso até levou à venda ou vazamento de dados, como costuma acontecer nesses incidentes, reforçando que as companhias de fato estão menos dispostas a uma negociação.Vale lembrar ainda que o estudo não é totalmente preciso. A análise leva em conta eventos divulgados publicamente e sites de vazamentos de dados — o que significa que nem todos os ataques foram contabilizados na pesquisa, mas ela registra os principais acontecimentos. O estudo completo está disponível neste link (em inglês)
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