Obra autobiográfica de Maia Kobabe tem lidado com ataques conservadores por retratar processo de autodescoberta de uma pessoa não binária
“Não quero ser menina. Também não quero ser menino. Tudo o que eu quero é ser eu”, escreve Kobade em “Gênero queer”, editado no Brasil pela Tinta-da-China. Ao longo de 240 páginas, a graphic novel explora temas como descoberta de identidade, auto aceitação, confusão na infância e na adolescência, relacionamentos amorosos e familiares.
— Quando você remove um livro de uma prateleira ou o persegue publicamente em uma comunidade, você está dizendo para toda jovem pessoa que se identifica com aquela narrativa, “não queremos sua história aqui” — lamentou Kobabe em entrevista ao New York Times no ano passado. “Gênero queer” despertou críticas por trazer ilustrações com teor sexual. Obras voltadas para o público LGBTQIA+ são as recordistas de pedidos de banimento, seguidas por projetos que tratam de temas raciais, como “O olho mais azul”, de Toni Morrison.Capa do quatrinho "Gênero queer", de Maia Kobabe — Foto: Divulgação
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