O presidente russo Vladimir Putin sugeriu que não irá à cúpula do G20, no Brasil em novembro. O tema vinha sendo alvo de uma intensa discussão entre os organizadores, diante do pedido de prisão contra o russo por parte do Tribunal Penal Internacional.
Presidente russo Vladimir Putin preside uma reunião do Conselho de Segurança no Kremlin, em Moscou, em 4 de outubro de 2024O presidente russo Vladimir Putin sugeriu que não irá à cúpula do G20, no Brasil em novembro. O tema vinha sendo alvo de uma intensa discussão entre os organizadores, diante do pedido de prisão contra o russo por parte do Tribunal Penal Internacional.
Nesta sexta-feira, numa coletiva de imprensa, o russo insistiu em criticar a corte, com sede em Haia. Mas indicou que não iria atrapalhar a cúpula organizada no Rio de Janeiro pelo presidentePara ele, o G20 é"bom fórum, é útil". Mas alertou que não deve ser politizado e manter o debate na cooperação econômica."Mas vemos o que ocorre com a Russia. Temos relações amistosa com o presidente Lula.
Putin sinalizou ainda que haveria uma forma de contornar o mandato de prisão do TPI, com a assinatura de um acordo entre os dois governos."Basta assinar um acordo intergovernamental", disse. "Temos ótimas relações com o Brasil e estáveis. Podemos assinar um acordo assim e ninguém ficaria numa situação ruim", defendeu.Apesar de indicar que não viajará ao Brasil, Putin não respondeu se teme ser preso no país. Ele preferiu criticar o TPI, alertando que a corte"não tem importância universal"."Ela não é reconhecida pela Rússia, tampouco pelos EUA, China ou Turquia", disse.
O russo também criticou a ideia de que o TPI seria independente. Ele lembrou como o procurador da corte pediu que os juízes internacionais avaliassem a prisão de Benjamin Netanyahu."O governo americano ameaçou o tribunal e eles ficaram em silêncio", disse."Não é universal e não é independente", completou.
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