Cúpula do partido está dividida entre apoiadores de Gleisi Hoffmann e Edinho Silva; há disputa entre petistas pela Secretaria-Geral da Presidência, Ministério da Saúde e Ministério do Desenvolvimento Agrário.
O Partido dos Trabalhadores comemora, neste final de semana, os 45 anos de sua fundação num momento de profunda disputa interna sobre os rumos da sigla e também de divisão sobre a estratégia que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve adotar para recuperar a popularidade.
O Morena é o partido da presidente do México, Cláudia Sheinbaum, e do antecessor dela, Andrés Manuel López Obrador. Ambos obtiveram altos índices de popularidade nos seus governos, algo cada vez mais raro nas democracias liberais. O PT busca se inspirar na experiência da esquerda mexicana.
Na visão do ex-prefeito de Araraquara, se o partido não fizer este movimento e voltar sua atuação apenas para o campo da esquerda, pode caminhar rumo à irrelevância. “A ideia de que a Gleisi é radical e o Edinho vai moderar o partido é ruim para a Gleisi e é ruim para o Edinho. É simplista. Temos que discutir qual vai ser a estratégia, as propostas concretas do PT e do governo para superar as dificuldades.” A disputa se estende para o governo.
A expectativa é que o anúncio ocorra nos próximos dias. Lula e Gleisi já tiveram uma conversa sobre a possibilidade dela entrar no governo, mas, segundo aliados do presidente e da deputada, ainda não houve um convite formal para alguma pasta, apenas uma sondagem. Um setor do partido entende que o governo, num momento de queda de popularidade, deve retomar o apoio do eleitor de centro que votou em Lula contra Jair Bolsonaro, mas está decepcionado com o trabalho do governo.
Apoio da cúpula A escolha de Gleisi, em contrapartida, tem respaldo de uma parcela significativa da cúpula do PT e mesmo das correntes minoritárias. Por fim, aliados da deputada afirmam que ela tem uma boa relação com o presidente da Câmara, Hugo Motta, por ter conduzido o apoio da bancada do PT ao nome dele.
A avaliação no Planalto é que o Ministério da Saúde deveria ser uma das principais vitrines do governo para demonstrar as diferenças da atual gestão para a anterior. O ministro da articulação política, Alexandre Padilha, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann — Foto: Guilherme Mazui/g1 e FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Brasil Últimas Notícias, Brasil Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.
Quem é Gleisi Hoffmann, presidente do PT e cotada para assumir ministério do governo LulaDeputada federal, Gleisi foi secretária, senadora e ministra de gestões petistas; cargo previsto é a Secretaria-Geral da Presidência
Consulte Mais informação »
Com um ministério à vista, Gleisi ganha força como aposta arriscada de LulaResta a dúvida sobre qual versão da chefe do PT chegará ao governo: a incendiária dirigente ou a conselheira pragmática do presidente
Consulte Mais informação »
Gleisi Hoffmann pode deixar o PT para assumir o Ministério do Desenvolvimento SocialSegundo fontes, a mudança pode ser oficializada na próxima reforma ministerial, prevista entre fevereiro e março. Mas o anúncio dependerá de Gleisi deixar a presidência do partido antes do fim do seu mandato, o que deve acontecer apenas em julho. Lula, porém, resiste a essa ideia por considerar o MDS uma pasta estratégica para a reeleição.
Consulte Mais informação »
Com reforma ministerial no horizonte, Lula avalia nomear Gleisi em pasta no Palácio do PlanaltoIda da presidente do PT ao governo também é considerada uma forma de resolver a sucessão da legenda
Consulte Mais informação »
Lula Cogita Gleisi Hoffmann para Secretaria-GeralLula avalia a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria-Geral da Presidência, buscando resolver a sucessão no PT e impactar a correlação de forças no Palácio do Planalto. A decisão pode acontecer após as eleições das Mesas da Câmara e do Senado.
Consulte Mais informação »
Lula Erode a Unidade do Governo com a Nomeação de Gleisi HoffmannO texto analisa as consequências políticas da possível nomeação de Gleisi Hoffmann como ministra palaciana, destacando o potencial para aumentar as intrigas no governo Lula e a fragilidade da equipe econômica num momento crucial para a recuperação da popularidade do presidente.
Consulte Mais informação »