PSOL mergulha em crise após demissão de assessor e ameaça de desfiliação

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Divisões internas se intensificam no PSOL após demissão de assessor ligado à ala minoritária. Críticas ao governo Lula e disputa por poder agravam a crise, com ameaças de desfiliação e tentativas de diálogo para resolução.

O deputado Glauber Braga (dir.) ameaça deixar o PSOL — Foto: Edilson Dantas / O Globo e Zeca Ribeiro/ Câmara dos DeputadosO PSOL enfrenta divisões internas após a demissão de um assessor ligado à ala minoritária. Críticas ao governo Lula e disputa por poder intensificam o racha. Boulos é acusado de autoritarismo. Parlamentares ameaçam desfiliação , enquanto tentativas de diálogo são feitas para resolver a crise.

O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.A demissão de um assessor econômico da bancada federal tornou pública a divisão entre duas alas do PSOL na Câmara dos Deputados. O embate gira em torno da postura frente ao governo federal e da distribuição de poder dentro do partido. 'Já barrou políticos de esquerda e direita'(RJ), Ivan Valente (SP) e Luciane Cavalcante (SP). O que os une é a defesa de uma posição de base do governo, sem críticas públicas ao presidente Lula. No lado oposto estão cinco deputados: Luiza Erundina (SP), Glauber Braga (RJ), Sâmia Bomfim (SP), Chico Alencar (RJ) e Fernanda Melchionna (RS). Essa ala defende maior independência em relação ao Palácio do Planalto e critica o “autoritarismo” de Boulos e da maioria. Os parlamentares minoritários afirmam que estão sendo preteridos nas deliberações da bancada. Segundo eles, um acordo previa alternância na liderança, mas, nos últimos três anos, o posto foi ocupada exclusivamente por representantes do grupo majoritário: Boulos, Erika Hilton e, agora, Talíria. A crise se agravou na semana passada, quando David Deccache, assessor econômico ligado à minoria, foi demitido após oito anos na função. Ele e seus aliados alegam que a decisão foi motivada por suas críticas ao governo Lula nas redes sociais. Em nota elaborada pela maioria, a bancada do PSOL negou que a demissão tenha ocorrido por divergências políticas e alegou que Deccache teria ofendido deputados, chamando-os de “oportunistas”, “covardes” e “mentirosos”. “A partir do momento em que um assessor ataca a representação política que o indicou, cria-se um conflito ético-profissional, inviabilizando sua permanência no cargo”, diz trecho do documento. O economista nega as acusações. — Nunca houve ofensas. Como militante, tenho direito de criticar formas equivocadas de comunicação. Antes de Boulos entrar, havia um grande respeito pelas diferenças e pelo debate democrático — afirmou Deccache. A direção nacional do partido declarou que a bancada tem autonomia para definir seus assessores. Procurados, Boulos e os demais parlamentares ligados a ele não quiseram se pronunciar para além da nota da bancada. Diante do acirramento dos conflitos, Glauber Braga ameaça deixar o PSOL. Seus aliados, porém, tentam convencê-lo a permanecer. — Começamos a primeira reunião do ano com uma demissão por divergência política e um anúncio de que a proporcionalidade não será respeitada. Isso demonstra que a maioria não quer a unidade do partido. Por isso, abri a discussão pública sobre minha permanência ou não no PSOL — afirmou Braga. Dentro do partido, há tentativas de apaziguar o conflito. Chico Alencar e Fernanda Melchionna, ambos do grupo minoritário, defendem o diálogo para superar a crise. — Precisamos dialogar e fazer concessões. Minha disposição é jogar água na fervura e superar essa crise — afirmou Alencar. O impasse entre as alas se arrasta desde o Congresso Nacional do partido, em outubro de 2023, quando a historiadora Paula Coradi, ligada a Boulos, foi eleita presidente em um evento marcado por brigas internas. Na ocasião, as vertentes Primavera Socialista e Revolução Solidária venceram o Movimento Esquerda Socialista, corrente de Sâmia Bomfim e Melchionna

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