O Rio de Janeiro registrou a primeira morte por dengue em 2025, sendo a vítima um homem de 38 anos. O LIRAa apontou a presença do mosquito Aedes aegypti em 0,74% das amostras coletadas, com três regiões consideradas preocupantes. O secretário de saúde alerta para a importância da vacinação e do combate à proliferação do mosquito.
Rio de Janeiro registrou a primeira morte causada pela dengue em 2025. A vítima foi um homem de 38 anos, residente na zona Oeste da cidade, em Campo Grande. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27), durante a apresentação dos resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano, na Clínica da Família do Estácio de Sá, no Rio Comprido, zona Norte. Há ainda um caso suspeito em investigação, mas a localização não foi revelada.
Segundo Daniel Soranz, secretário municipal de saúde do Rio, o LIRAa visitou 100 mil domicílios de forma aleatória em todas as áreas da cidade e os resultados demonstraram a presença de larva e ovo do Aedes aegypti em 0,74% das amostras coletadas. 'Este índice é melhor comparado ao mesmo período do ano anterior, que registrou 0,79%, mas existem três regiões que nos causam grande preocupação: Centro, Campo Grande e Santa Cruz', afirmou o secretário.De acordo com o Observatório Epidemiológico do município (EpiRio), até o momento, foram confirmados 756 casos de dengue em 2025. Soranz enfatiza que os principais focos de proliferação do mosquito continuam sendo depósitos móveis, principalmente vasos de plantas e lixo, mas também os fixos, como calhas e caixas de passagem fluvial. Ele explicou que, a cada dois registros da doença, um teve seu foco dentro do próprio domicílio do paciente. 'São depósitos que nem sempre estão em nosso foco, mas são os grandes vilões, novamente. Observamos a prevalência dos vasos de planta como principal tipo de depósito na proliferação do mosquito Aedes aegypti (...) Este ano, temos índices muito melhores do que no ano passado, uma situação mais confortável, mas é uma situação preocupante'.O secretário alertou que, ante os primeiros sintomas, como febre, dores no corpo e atrás dos olhos, a população deve procurar uma Clínica da Família ou Centro Municipal de Saúde, onde serão realizados testes rápidos e hemograma para confirmar a doença e definir o melhor tratamento. O Ministério da Saúde iniciou a distribuição dos testes rápidos, com previsão de que até o final de março, todas as unidades básicas municipais tenham o exame disponível. A vacinação também causa preocupação, já que, segundo Soranz, cerca de 100 mil crianças e adolescentes ainda não foram vacinados com a segunda dose. O imunizante deveria ser aplicado três meses após a primeira vacina, em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Caso os pais não levem os filhos até 31 de janeiro, as doses serão disponibilizadas para a próxima faixa etária contemplada. 'Já esperamos há mais de seis meses que os pais levem seus filhos para se vacinarem com a segunda dose. Este público-alvo já poderia ter se vacinado há mais de um ano. Então, quem não se vacinar até 31 de janeiro, vamos abrir essa vacinação para outra faixa etária, que também deseja se vacinar. Vacina parada, vacina em estoque é perder a oportunidade de proteger nossa população e não queremos que isso aconteça'. Além do público-alvo, moradores da região de Guaratiba, na zona Oeste, que tem o maior índice de infestação do Rio, também podem ser imunizados. 'Temos uma pesquisa na região de Guaratiba, então pessoas de 18 a 59 anos podem tomar a vacina para a dengue. Quem mora em Ilha, Pedra e Barra de Guaratiba, que é uma área com o índice de infestação de mosquito mais alto da cidade, pode se vacinar'
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