O presidente Yoon Suk Yeol impõe a lei marcial, um ato sem precedentes desde a democratização do país em 1987, intensificando as tensões políticas na Coreia do Sul.
Ao impor a lei marcial nesta terça-feira (03/12), o presidente Yoon Suk Yeol surpreendeu a Coreia do Sul, intensificando as tensões política s que já fervilhavam no país. O uso do dispositivo, que restringe liberdades política s e concede poder aos militares, é algo sem precedentes desde a democratização do país, em 1987. O anúncio foi imediatamente repudiado pela oposição do país, que detém maioria no Parlamento.
Uma moção para revogar o decreto foi aprovada, mas ainda não está qual vai ser o próximo passo de Yoon. Político novato, Yoon entrou oficialmente para a vida partidária apenas em 2021, quando se filiou ao Partido do Poder Popular (PPP). No ano seguinte, defendendo uma plataforma conservadora e de combate à corrupção, se candidatou à Presidência e venceu no pleito mais apertado da história coreana, com apenas 0,73% de vantagem. Antes do pleito, Yoon, de 63 anos, havia ganhado notoriedade atuando como procurador. Ele liderou as investigações que resultaram na condenação de dois ex-presidentes por corrupção – Park Geun-hye e Lee Myung-bak –, o que lhe rendeu a reputação de paladino do combate à corrupção e o impulsionou à carreira política. Além dos ex-presidentes, Yoon atuou na condenação de um herdeiro do conglomerado Samsung e de um ex-presidente da Suprema Corte do país. Quando foi eleito em 2022, jornais brasileiros compararam sua trajetória a do ex-juiz, ex-ministro e atual senador Sergio Moro. Tal como Moro, Yoon também chegou a ocupar um cargo governamental antes de se lançar oficialmente na vida partidária. Graças à sua popularidade como procurador, ele foi nomeado em 2017 procurador-geral pelo então presidente Moon Jae-in, do liberal Partido Democrático (PD,. Mas sua passagem pelo governo – tal como Moro na administração Jair Bolsonaro – foi ruidosa. No cargo, ele lançou acusações contra figuras ligadas ao governo de Moon, incluindo o então ministro da Justiça Cho Kuk, com quem travou vários embates público
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