A presença ocidental crescente na Groenlândia pode mudar o cenário de custos para países como a China e a Rússia, que buscam explorar as rotas marítimas do Ártico. Elizabeth Buchanan, especialista em geopolítica polar, destaca a importância do Ártico para o transporte marítimo global. A visita de Donald Trump à ilha reforça o interesse americano na região.
Aumentar a presença ocidental na Groenlândia pode alterar o cenário de custo-benefício para países como a China ou a Rússia , que pretendem explorar as linhas marítimas do Ártico, disse Elizabeth Buchanan, especialista em geopolítica polar. Em um post nas redes sociais na segunda-feira (6), Trump disse que o povo da Groenlândia se beneficiará “se e quando” ela se tornar parte dos EUA. O comentário foi feito um dia antes da visita de seu filho.
Elizabeth Buchanan, pesquisadora sênior do Australian Strategic Policy Institute, disse que a região do Ártico é o “coração” do transporte e da remessa de cargas por mar do mundo, e quaisquer grandes mudanças nos alinhamentos geográficos podem ser significativas. “Aumentar a presença ocidental na Groenlândia, ou o controle sobre ela, pode alterar, sim, o cenário de custo-benefício para países como a China ou a Rússia”, afirmou. Um exemplo disso, continua, poderiam ser os prêmios de seguro para transporte de carga, que podem aumentar “se o setor achar que uma rota está mais arriscada”, explicou ela em seu podcast nesta terça-feira (7). Trump, que afirmou que esta era uma “viagem pessoal para a Groenlândia” como turista, disse que não planejava se encontrar com nenhuma autoridade do governo. A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, afirmou à emissora dinamarquesa TV 2 nesta terça-feira que o futuro da Groenlândia deve ser decidido por seus habitantes. “A Groenlândia pertence aos groenlandeses”, garantiu ela, acrescentando que o território ártico “não está à venda”. As duas grandes rotas marítimas do Ártico que começaram a se abrir com o rápido declínio do gelo marinho na região são a rota do Nordeste e a rota do noroeste. Mas o interesse da China no extremo norte não parece se limitar às oportunidades de transporte marítimo de carga
Groenlândia Ártico China Rússia Geopolitica
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