A crescente influência chinesa nos portos marítimos do Canal do Panamá tem causado preocupação nos Estados Unidos, que temem o controle estratégico da rota vital por empresas chinesas. Trump critica as taxas de trânsito e a falta de investimento americano na região, permitindo que empresas chinesas preencham o vazio. A China tem investido pesadamente em infraestrutura estratégica, enquanto Trump acusa a China de controlar o canal, apesar de não haver evidências públicas que sustentem essa alegação.
Rota é controlada por estatal panamenha, mas depende de investimentos estrangeiros para melhorar sua infraestrutura; EUA há anos não participam das grandes licitaçõesNavio navega pelo Canal do Panamá na Cidade do Panamá em 10 de janeiro de 2024 — Foto: Alejandro Cegarra/The New York TimesA influência chinesa nos portos marítimos do Canal do Panamá preocupa Trump, que acusa a China de controlar a rota vital.
Inaugurado em 1914, o Canal do Panamá é vital para o transporte marítimo global, sendo a rota mais segura e eficaz entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Por ele passam cerca de 6% do comércio mundial, nos cerca de 14 mil navios que fazem a rota todos os anos. O estreito de 82 quilômetros também conecta 1.920 portos em todo o mundo.
A Panama Ports Company venceu uma licitação quase sem concorrência do governo panamenho em 1997 para administrar os portos de Balboa, no Atlântico, e Cristóbal, no Pacífico, por 25 anos — uma concessão que foi prorrogada em 2022 até 2047.
Desde então, a China passou a investir pesadamente em projetos de infraestrutura estratégica que incluem portos em ambas as extremidades do canal — entre eles um porto de cruzeiros de US$ 206 milhões na entrada pelo Pacífico — telecomunicações e projetos rodoviários no valor de mais de US$ 2,5 bilhões.
É verdade que as taxas de trânsito do Canal do Panamá aumentaram nos últimos anos, mas não pelos motivos que Trump alega. Elas são calculadas usando uma fórmula universalmente aplicável que considera, entre outros fatores, o tamanho da embarcação, a urgência da reserva e o produto transportado.
Falas de Trump sobre Groenlândia e Canal do Panamá são 'imperialismo performático', diz Stephen Duncombe
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