O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, enfrenta questionamentos sobre o muro erguido na Cracolândia, que confina usuários de drogas. O Supremo Tribunal Federal (STF) foi acionado por parlamentares do PSOL que pedem a demolição do muro, alegando violação de direitos fundamentais. A Prefeitura defende que o muro visa melhorar o atendimento aos usuários e facilitar o trânsito, mas ativistas acusam a gestão de criar um 'campo de concentração'.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal , deu prazo de 24 horas para que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes , preste informações sobre o muro construído na Cracolândia.
Os parlamentares afirmaram ao Supremo que a construção isola e exclui socialmente as pessoas que vivem na Cracolândia, violando direitos fundamentais da Constituição, ferindo princípios de igualdade, liberdade e acesso a direitos essenciais.Na quarta-feira , a Defensoria Pública de São Paulo recomendou que a prefeitura retirasse o muro e os gradis da área.
Os usuários ficam aglomerados atrás do muro, em uma área formada pela Rua dos Protestantes e a Rua dos Gusmões, que são cercadas pela gestão municipal com gradis. Ativista fala em 'campo de concentração de usuários' Para um representante do coletivo Craco Resiste, no entanto, o muro fecha "um triângulo no fluxo" e cria um "campo de concentração de usuários".
Para Roberta Costa, da Craco Resiste, o muro foi levantado para manter os usuários no espaço e "cobrir" a visão da Cracolândia para quem passa de carro pela Rua General Couto Magalhães.
Cracolandia Muro Prefeito Direitos Humanos STF Desigualdade Social
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