O porto de Xangai registrou um recorde histórico de 5 milhões de contêineres processados em janeiro, impulsionado por uma corrida para enviar produtos para os Estados Unidos antes da implementação de novas tarifas. O aumento do volume de comércio gerou preocupações sobre o impacto das tarifas na economia global e na relação comercial entre China e EUA.
O porto de Xangai registrou um recorde histórico de 5 milhões de contêineres processados no mês passado, superando qualquer outro mês desde 2007. Essa explosão de atividade comercial ocorreu antes da implementação de novas tarifas dos EUA sobre produtos chineses, gerando uma série de preocupações e impactos no comércio global.
O aumento do volume de contêineres, divulgado nesta segunda-feira, aponta para uma corrida desenfreada das empresas chinesas para enviar seus produtos para os Estados Unidos antes do aumento dos preços. O porto de Xangai liderou o mundo em 2022, processando mais de 50 milhões de contêineres em um único ano, impulsionado pela demanda global, pela queda dos preços chineses e pela ameaça de tarifas. O valor das exportações chinesas para os EUA atingiu um recorde no ano passado, com quase US$ 525 bilhões em mercadorias.As empresas chinesas têm enviado cada vez mais produtos por meio de países intermediários, buscando contornar as tarifas impostas pelos EUA. A China retaliou com tarifas próprias, que entraram em vigor nesta segunda-feira, embora tenham sido aplicadas apenas a uma pequena parte das importações dos EUA. O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.Apesar do recorde, os fluxos comerciais desaceleraram na última semana de janeiro e na primeira semana de fevereiro, segundo dados governamentais, devido ao feriado do Ano Novo Lunar. Algumas empresas retomaram suas atividades no fim da semana passada, mas os dados comerciais oficiais só serão divulgados em março, quando o governo combinará os dados dos dois primeiros meses do ano para suavizar a volatilidade causada pelo feriado. O temor é que as tarifas impostas na semana passada não sejam a última ação dos EUA, já que o presidente Trump solicitou uma revisão para verificar se Pequim cumpriu um acordo comercial assinado durante seu primeiro mandato. Um relatório previsto para 1º de abril pode levar a novas medidas punitivas de Washington. A Bloomberg Economics estima que uma nova tarifa adicional de 10% poderia eliminar 40% das exportações chinesas para os EUA, colocando em risco 0,9% do PIB da China
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