Para entender esse fenômeno, Cacau Oliver, especialista em marketing para celebridades, analisa essa transformação
O Carnaval já não lança musas como antes devido às mudanças midiáticas e competitividade. Redes sociais e influenciadores digitais mudaram o jogo, exigindo estratégias de imagem e engajamento para se destacar na festa. A exposição na avenida já não garante fama, sendo essencial uma narrativa envolvente e presença online. O evento segue grandioso, mas o sucesso agora depende de como as celebridades constroem suas marcas.
Nos anos 1990 e 2000, ser rainha de bateria ou musa de um grande desfile significava holofotes garantidos, abrindo portas para campanhas publicitárias, convites para televisão e contratos com emissoras. Luma de Oliveira, por exemplo, se tornou um dos maiores ícones do Carnaval, protagonizando momentos inesquecíveis, como quando desfilou com uma coleira com o nome do então marido, Eike Batista.
A ascensão das influenciadoras digitais também transformou essa dinâmica. Se antes o título de rainha de bateria garantia uma presença constante na mídia, hoje as redes sociais permitem que figuras públicas controlem sua própria narrativa, sem depender do Carnaval para alavancar a carreira.
O Carnaval segue sendo um dos maiores espetáculos do mundo, mas, para transformar musas em celebridades duradouras, beleza e presença na avenida já não são mais suficientes. Hoje, é necessário um posicionamento estratégico e uma gestão de imagem alinhada com o que o público moderno consome.
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