Por divergência do Brasil, Brics ignora crise sul-americana e muda posicionamento sobre Palestina
A declaração final da XI Cúpula do Brics — grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — incorporou demandas do governo Jair Bolsonaro em relação a manifestações anteriores, mas manteve a defesa do multilateralismo, princípio que norteia o bloco desde o início de seus encontros.
"Venezuela não está na agenda, não é um tópico para essa cúpula", disse também Wang Xiaolong, enviado especial para a cúpula do ministério das Relações Exteriores chinês, ao ser questionado por jornalistas. "Renovamos nosso compromisso de moldar uma ordem internacional multipolar mais justa, imparcial, equitativa e representativa. Também sublinhamos o imperativo de que as organizações internacionais sejam totalmente conduzidas pelos Estados Membros e que promovam os interesses de todos", diz também o sexto parágrafo, comemorado pelo Itamaraty como uma mensagem de que as organizações multilaterais não estão acima das nações.
Por outro lado, o documento manifesta o apoio do Brics"a uma solução pacífica, diplomática e política para a situação na Península Coreana" e sublinha"a importância da manutenção da paz e da estabilidade no Nordeste Asiático". Naquela ocasião, onze líderes sul-americanos foram convidados a acompanhar a reunião do Brics. Desta vez, nenhum país externo ao bloco foi convidado, rompendo uma tradição que vinha desde 2013.
O grupo reiterou"que a solução de dois estados permitirá que israelenses e palestinos vivam lado a lado, em paz e segurança", mas acrescentou"a necessidade de novos e criativos esforços diplomáticos para atingir-se uma solução justa e abrangente do conflito israel-palestino, a fim de alcançar a paz e a estabilidade no Oriente Médio".
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