Uma operação da Polícia Federal (PF) desmantelou um grupo criminoso acusado de desviar recursos do Programa Farmácia Popular para financiar o tráfico internacional de drogas. A Justiça bloqueou mais de R$ 39 milhões de bens dos investigados.
A Polícia Federal (PF) realizou uma operação na quinta-feira (13) para desarticular um grupo criminoso suspeito de desviar recursos do Programa Farmácia Popular, do governo federal, para financiar o tráfico internacional de drogas. A Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 39 milhões dos investigados.
As apurações indicam que o grupo era responsável pela entrada de grandes quantidades de entorpecentes no Brasil, importando drogas da Bolívia, Colômbia e Peru para revendê-las a traficantes do entorno do Distrito Federal. Parte da organização tinha ligação com facções criminosas conhecidas. Na operação, batizada de Arthron, mais de 100 policiais cumpriram 106 ordens judiciais em Goiás, Distrito Federal, Paraíba, Mato Grosso, Acre e Minas Gerais. São seis mandados de prisão, 26 de busca e apreensão, 28 medidas restritivas de direitos e sequestro de bens móveis e imóveis.As investigações revelaram que os criminosos utilizavam farmácias de fachada para desviar recursos do programa governamental, que subsidia a compra de medicamentos para a população. O esquema funcionava da seguinte forma: compra de farmácias cadastradas no Farmácia Popular que haviam encerrado as atividades, mas ainda estavam registradas; alterações societárias fraudulentas após a compra, colocando sócios de fachada para ocultar os verdadeiros responsáveis; aprovação facilitada no sistema por uma integrante do grupo que atuava como despachante para agilizar a regularização das empresas junto ao programa; vendas fictícias de medicamentos com as farmácias reativadas, aumentando fraudulosamente os registros de vendas de medicamentos, tanto na modalidade gratuita quanto subsidiada; liberação de pagamentos indevidos pelo governo com base nos registros fraudulentos, sem saber que os medicamentos nunca foram entregues aos beneficiários cadastrados; lavagem de dinheiro e financiamento ao tráfico com o dinheiro desviado, movimentado por meio de diversas empresas fantasmas e utilizado para a compra de drogas.As investigações indicam que os dados de consumidores eram utilizados sem o conhecimento deles. Além disso, muitas das farmácias envolvidas sequer existiam de fato e estavam registradas em estados diferentes dos endereços dos supostos proprietários. Enquanto as farmácias, antes da fraude, recebiam menos de R$ 5 mil por mês do programa, após o esquema criminoso, os repasses aumentaram para valores entre R$ 60 mil e R$ 90 mil mensais. O caso começou a ser investigado em 2022, após a prisão de dois suspeitos transportando cocaína para Luziânia (GO). A droga seria entregue a um traficante local que chegou a se candidatar ao cargo de vereador nas eleições municipais de 2024
POLÍCIA FEDERAL FARMÁCIA POPULAR TRÁFICO DE DROGAS OPERAÇÃO ARTHRON FRAUDE LAVAGEM DE DINHEIRO
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