Cyllas Salerno Elia Júnior foi solto após decisão da Justiça Federal, apesar de ser acusado de lavar R$ 6 bilhões para o PCC. O caso ganhou notoriedade após a morte do empresário que o denunciou.
O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, suspeito de lavar dinheiro para o PCC , foi solto em dezembro de 2022 após decisão da Justiça Federal. A informação foi divulgada neste sábado (4). Segundo o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado aos 38 anos após delação premiada, o policial fazia parte de uma organização criminosa que lavou cerca de R$ 6 bilhões.
A Corregedoria da Polícia Civil investiga a conduta do policial e permanece à disposição da Polícia Federal para colaborar com as investigações que resultaram em sua prisão. As investigações apontam que o dinheiro era movimentado no Brasil, Estados Unidos, Paraguai, Peru, Holanda, Argentina, Bolívia, Canadá, Panamá, Colômbia, Inglaterra, Itália, Turquia e Dubai. A maior parte do dinheiro, porém, tinha Hong Kong e China como destino. Além de sócio do 2 Go Bank, Elia Júnior trabalhava no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Ele foi citado por Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil em 31 de outubro. Oito dias depois, o empresário foi morto com dez tiros ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Quando foi preso, Elia Júnior afirmou que o 2 Go Bank possui sistemas de controle rigorosos sobre as operações financeiras realizadas. Gritzbach foi assassinado com dez tiros de fuzil em 8 de novembro de 2022 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Em seguida, ele teria mandado matar Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, em dezembro de 2021. Rafael Maeda Pires, o Japa, foi morto com um tiro na cabeça em maio de 2023.
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