Em visita ao Brasil, o médico Chi Van Dang falou sobre avanços no tratamento e o desenvolvimento de ferramentas para a detecção precoce da doença
REFERÊNCIA Pesquisa: Chi Van Dang é um dos cientistas mais citados na área de oncologia Léo Ramos Chaves/Pesquisa Fapesp/DivulgaçãoInstituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer. Em sua opinião, os avanços no tratamento observados nos últimos anos e o desenvolvimento de ferramentas para a detecção precoce tornarão possível. “Acho que na próxima década vamos começar a curar cada vez mais pacientes.
Dang nasceu em Saigon, atual Cidade Ho Chi Minh, antiga capital do Vietnã do Sul. Era um dos dez filhos do primeiro neurocirurgião do país, que também foi reitor da Escola de Medicina da Universidade de Saigon. Mudou-se para os Estados Unidos em 1967, durante a Guerra do Vietnã, e realizou graduação em química na Universidade de Michigan.
Quando se tornou editor-chefe da revista Cancer Research, em 2018, o senhor escreveu que “podemos começar a usar a palavra cura sem hesitação e com esperança substancial de que a ciência cumprirá essa promessa”. O que o torna tão confiante de que seja possível chegar a uma cura para o câncer? Várias vias metabólicas são compartilhadas pelos dois tipos de células. A questão é identificar se as células cancerígenas são mais vulneráveis à interferência em certas vias metabólicas do que, digamos, as células T que combatem o câncer.
O senhor visitou o Icesp, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. O que pode dizer sobre a pesquisa do câncer no Brasil? Como acha que o Brasil pode contribuir para os desafios mencionados anteriormente? O senhor mencionou vários fatores de estilo de vida relacionados ao câncer, como dieta e sono. Eles são tão importantes quanto a genética?
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