Pesquisadora descobre floresta de 290 milhões de anos no Paraná 😮 Achado mostra vegetação da era da separação dos continentes fossilizada em meio às rochas que se formaram com o tempo
A descoberta, feita durante uma pesquisa de doutorado da estudante Thammy Ellin Mottin, do Programa de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, foi publicada no periódico Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology.
Segundo a UFPR, até hoje, só há relato de mais dois locais com plantas da linhagem preservadas dessa forma. Um desses locais fica na Patagônia argentina e o outro, no Rio Grande do Sul, “regiões em que o número de licófitas é bem menor e cujos caules se encontram deformados verticalmente”. Thammy acrescenta que o sistema de raízes das árvores encontradas nunca havia sido descrito em licófitas do Gondwana. “O sistema de raízes forma lobos que partem da base dos caules, cuja função seria a ancoragem da planta no substrato.”
“Presume-se que os sedimentos foram cobrindo as árvores progressivamente, levando à asfixia e à compressão das raízes. O soterramento continuou até o ponto em que a parte superior das licófitas colapsou, deixando exposta parte dos caules. A parte interior deles foi sendo removida pela ação da água e preenchida por sedimentos que ainda chegavam e que terminaram por soterrar completamente a floresta”, detalha a doutoranda.
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