PF diz que criminosos usaram Telegram para disseminar discurso nazista e de ódio sem que sejam rastreados e plataforma tem se recusado a entregar dados à polícia g1
A Polícia Federal descobriu uma articulação de grupos nazistas usando o aplicativo de mensagens Telegram para estimular a violência em escolas. Segundo a polícia, a plataforma permite que usuários ocultem seus dados, sendo difícil rastrear quem adota condutas criminosas. Nesta quinta-feira , depois que a plataforma se recusou a entregar dados de integrantes de grupos nazistas, a Justiça determinou a suspensão do Telegram no país.
A "deep web" é como é conhecida a parte da internet que não pode ser encontrada em buscadores como Google e Bing, e sim por programas que funcionam como intermediários. A parte anônima da "deep web" é a chamada "dark web" , que tem desde conteúdos de ativistas políticos até de criminosos virtuais. Após a descoberta, a Inteligência da PF pediu à plataforma os dados dos organizadores e integrantes do grupo, mas o Telegram se recusou a entregar. O relatório da polícia, que o g1 teve acesso com exclusividade, explica que o aplicativo de troca de mensagens permite que o administrador de um grupo seja oculto e que integrantes possam ocultar suas informações, incluindo o número de telefone, sendo impossível rastrear os envolvidos.
Segundo a PF, a empresa alegou que o grupo que o assassino de Aracruz fazia parte havia sido excluído horas antes do prazo final da decisão judicial, em 20 de abril. O pedido, no entanto, havia sido feito oficialmente a empresa, sem a disputa na Justiça, em 10 de abril.
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