Pais têm dificuldade de contratar serviço ou mudar de operadora. Empresas alegam preexistência em caso de síndromes
O orçamento já apertado da autônoma Letícia Carreira não foi capaz de absorver o reajuste de 80% no plano de saúde do filho Rafael, de 3 anos. A mensalidade saltou de R$ 385,67 para R$ 689,65. Ela trocou de operadora, Rafael, não. Autista, necessita de diferentes terapias, terá que cumprir até seis meses de carência para vários procedimentos.
A situação é mais delicada para famílias em que há pessoas com deficiências, como no caso de Liliane Cerrato, funcionária pública, mãe de Lucas, de 20 anos, Rafael, de 16, e Theo, de 5, todos autistas, que também foi informada do aumento da mensalidade do filho do meio em 80%: O cirurgião dentista José Muniz, pai da Maria Julia, de 12 anos, que tem Síndrome de Turner, conta que só conseguiu trocar a filha de operadora com a intervenção da ANS:
Julia Castello, professora, mantém três planos de saúde para o filho Bernardo de 2 anos.