A empresa brasileira World estava pagando em criptomoedas para pessoas que se registrassem com uma foto da íris, criando um banco de dados para diferenciar humanos de robôs. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados proibiu o pagamento, alegando interferência na livre manifestação dos usuários. A World argumenta estar em conformidade com as leis brasileiras, enquanto a União Europeia determinou a exclusão dos dados coletados.
Cada vez mais, empresas e órgãos públicos usam a leitura dos olhos para identificar e autorizar o acesso das pessoas a lugares e a contas bancárias. Em São Paulo, uma empresa chamada World estava pagando cerca de R$ 600 em criptomoedas para quem fizesse um registro digital baseado numa foto da íris.O objetivo, segundo a empresa, é criar um banco de dados que, futuramente, diferenciará seres humanos de robôs.
A decisão é da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, ligada ao Ministério da Justiça. O órgão diz que o incentivo financeiro pode interferir na livre manifestação da vontade dos usuários. O órgão determinou que a empresa indique, no próprio site, quem é o responsável pelo tratamento dos dados.
Biometria Banco De Dados Privacidade Regulamentação Proteção De Dados
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