De acordo com as investigações, foram inseridos dados nos sistemas de vacinação do Ministério da Saúde em outubro de 2022 indicando que Bolsonaro havia sido vacinado A informação vai na contramão do discurso de Bolsonaro, que dizia não ter se vacinado
Pelo Twitter, o ex-secretário de comunicação do governo de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, disse que a acusação sobre a suposta adulteração dos cartões de vacinação de Bolsonaro "é obra de ficção oportunista. Como sabido por todos, Bolsonaro sempre deixou claro que nunca foi vacinado".
A informação, porém, ia na contramão do discurso do então presidente, que dizia que não havia se vacinado. O caso envolve Mauro Cid, assessores próximos a Bolsonaro e servidores públicos de Duque de Caxias. Cid foi um dos presos. Mauro Cid ficou conhecido ao longo dos quatro anos em que Bolsonaro esteve no poder como um de seus assessores mais próximos. Ele é formado na Academia Militar das Agulhas Negras , a mesma onde Bolsonaro se formou nos anos 1970.Mauro Cid também é investigado pela Polícia Federal no caso envolvendo joias dadas pelo governo da Arábia Saudita à família Bolsonaro.
"Diversamente do enredo desenhado pela Polícia Federal, o que se extrai é que Mauro Cesar Barbosa Cid teria arquitetado e capitaneado toda a ação criminosa, à revelia, sem o conhecimento e sem a anuência do ex-Presidente da República Jair Messias Bolsonaro", disse o parecer da subprocuradora-geral. "É plausível, lógica e robusta a linha investigativa sobre a possibilidade de o ex-Presidente da República, de maneira velada e mediante inserção de dados falsos nos sistemas do SUS , buscar para si e para terceiros eventuais vantagens advindas da efetiva imunização, especialmente considerado o fato de não ter conseguido a reeleição nas Eleições Gerais de 2022", disse Moraes em seu despacho.
Ainda de acordo com a PF, as inserções supostamente falsas de informações pode ter tido um objetivo específico: "Gerar vantagem indevida para o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, relacionada a fatos e situações que necessitem de comprovante de vacinação contra a Covid-19", diz um trecho do relatório da PF.
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