Orçamento secreto da Defesa na era Braga Netto bancou até capela funerária

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Recursos vinculados ao ministério foram aplicados através de emendas de relator, dispositivo usado pelo governo para contemplar aliados em troca de apoio no Congresso

, dispositivo de emendas parlamentares utilizado para contemplar aliados do governo em troca de apoio no Congresso. O que não se sabia até hoje é que a pasta militar também utilizou esse mecanismo político sem transparência e critério. A informação só veio à tona recentemente graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal que obrigou a divulgação desses dados.e ao senador Wellington , por essas obras.

A maior parte desses recursos foi desembolsada pelo Ministério da Defesa em 2021, sob a gestão de Braga Netto. O dinheiro foi repassado a municípios por meio do programa Calha Norte, criado na década de 1980 diante de uma preocupação dos militares com a Amazônia.

— A gente pediu que ele disponibilizasse o dinheiro, e ele mandou. Tem sido um parceiro. Na época , ele disse que era o relator dos recursos, que ia fazer algo importante para a gente, e o ministério aceitou — conta Rezende. Procurados, Bittar e Alcolumbre não responderam aos questionamentos feitos pela reportagem. O senador Wellington Fagundes defende os critérios do Ministério da Defesa para aplicar os recursos do orçamento secreto. Ele diz que considera “pouco” os R$ 20 milhões que teve para destinar a cidades de sua livre escolha.

— Temos só a agradecer o senador e o Calha Norte, que está alcançando a ponta. O ônibus está atendendo as senhoras da melhor idade, em um projeto de recreação. O caminhão nós já compramos e só estamos esperando chegar — afirma o prefeito Herman Gomes de Almeida. — É evidente, se eu que levei o programa para lá. No primeiro ano de programa, outro parlamentar não teve interesse. E sequer acreditava que ia funcionar.criticaram o uso da Defesa para a realização de obras por critérios políticos, em cidades escolhidas por um grupo de senadores.

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