Uma operação secreta dos EUA equipou e armou as milícias islâmicas que resistiam ao domínio soviético — mas a história não acaba ai.
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Moscou queria apoiar o Estado socialista afegão e o governo pró-soviético do presidente Babrak Karmal, que enfrentava uma resistência armada dos mujahedins cada vez mais virulenta. Murad Shishani, especialista da BBC em milícias e jihadistas, explica que, no conflito do Afeganistão, os "Estados Unidos apoiaram a jihad para derrotar o inimigo soviético".A princípio, a Operação Ciclone só abasteceu os rebeldes com armamento obsoleto de fabricação soviética, como fuzis AK-47, e se limitou a recrutar combatentes voluntários e financiamento de países árabes.
O apoio dos EUA aos mujahedins se tornou mais escancarado com Ronald Reagan na Casa Branca. Um lobby cada vez mais poderoso em Washington defendia intensificar a ajuda aos combatentes islâmicos, que se queixavam que as armas fornecidas não eram suficientes para frear os soviéticos.
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