Ferramentas de monitoramento digital estão ajudando os guardas-florestais a proteger a vida selvagem na Mata Atlântica. Os mapas baseados em som poderiam identificar a ameaça da caça ilegal?
As cataratas do Iguaçu ficam na Floresta Atlântica do Alto Paraná. No lado brasileiro, fica o Parque Nacional do Iguaçu. E, no lado oposto, o Parque Nacional Iguazú, na
À medida que o desmatamento se amplia e aumentam as incursões das estradas e da agricultura na floresta, a quantidade de presas diminui, e os caçadores ilegais ganham cada vez mais acesso a áreas mais remotas. Por isso, pesquisadores e funcionários dos parques da região das cataratas começaram a aplicar novas táticas para detectar a ação de caçadores ilegais. E, para isso, contam com novas tecnologias de mapeamento.No início dos anos 2000, os guarda-parques ainda preenchiam relatórios de campo manualmente, segundo Cecilia Belloni. Ela trabalha há muito tempo como guarda-parque na fronteira leste do Parque Nacional Iguazú, na Argentina.
" acaba permitindo que eles sigam a trilha e encontrem pessoas que estão fora das áreas de visitação pública", afirma ele. "A APN pretende adquirir equipamentos eletrônicos como smartphones e tablets resistentes a condições meteorológicas extremas, para aprimorar substancialmente a coleta de dados de campo e auxiliar na tomada de decisões", explica ele.A bióloga argentina Julia Martínez Pardo registra as coordenadas de um gravador automático que irá ajudar sua equipe a monitorar a atividade de caça de animais silvestres.
Ao fim de sete meses, foram registrados tiros em 43 dos 90 locais de monitoramento – e cada uma dessas 43 estações registrou de um até 68 tiros. Pardo afirma que, cruzando os dados de monitoramento acústico com as trilhas de patrulha, os guarda-parques podem determinar se as suas patrulhas coincidem com os locais com maior incidência de tiros. E, se os mapas não coincidirem, as operações podem ter seus trajetos alterados.
Desde 2017, a ONG internacional Panthera vem desenvolvendo uma técnica semelhante ao monitoramento acústico no seu trabalho de combate à caça ilegal na Guatemala e em Honduras. E, em três anos, as autoridades locais conseguiram usar os dados acústicos para prender três caçadores. Por isso, Rodríguez Mira afirma que a APN argentina tem planos de incorporar estas e outras tecnologias em 2024. A esperança é que os novos equipamentos ajudem a orientar seu trabalho de vigilância da caça ilegal e poupem tempo aos funcionários para que possam monitorar e auxiliar os mais de um milhão de visitantes que visitam o parque nacional todos os anos.
O estudo de Pardo recomenda, entre outras medidas, melhorar a situação socioeconômica dos moradores locais. O turismo pode trazer novas fontes de renda, mas também aumenta as dificuldades, já que a infraestrutura turística ajuda os caçadores. As multas para os infratores podem ser consideráveis. Em 2023, um caçador foi multado na Argentina em 3,77 milhões de pesos – o equivalente a quase US$ 11 mil , ou 29 vezes o salário mínimo médio da Argentina, na época.
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