Novas pesquisas mostram que o IMC sozinho não é suficiente para determinar os riscos à saúde associados à obesidade. A quantidade e localização da gordura corporal são fatores importantes a serem considerados.
Novas pesquisas demonstram a insuficiência do Índice de Massa Corporal ( IMC ) como único fator para determinar os riscos à saúde associados à obesidade. Embora o IMC , calculado pela relação entre peso e altura, seja usado atualmente para definir a obesidade, ele não considera outros fatores importantes como a distribuição de gordura corporal e a composição corporal.
A obesidade está ligada a diversas doenças como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, doença hepática gordurosa e osteoartrite do joelho. No entanto, a presença de gordura corporal em excesso não significa necessariamente que uma pessoa terá problemas de saúde. Uma equipe global de especialistas, liderada pelo King's College London, passou os últimos dois anos debatendo como melhorar a definição e o diagnóstico da obesidade. O grupo concluiu que a obesidade deve ser definida com base na porcentagem de gordura corporal, na localização da gordura e na presença de problemas de saúde associados. Atletas com alto índice muscular podem ter um IMC elevado, mesmo acima de 30 kg/m², mas isso não indica um risco de saúde associado à gordura corporal. Por outro lado, indivíduos com um IMC normal podem ter excesso de gordura abdominal, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. A comissão desenvolveu novos critérios de diagnóstico que incluem a circunferência da cintura, além do IMC, para determinar a presença de um excesso ou distribuição inadequada de gordura corporal. Obesidade clínica é definida como a presença de sinais e sintomas de disfunção orgânica contínua e/ou dificuldade para realizar atividades cotidianas. Já a obesidade pré-clínica caracteriza-se por altos níveis de gordura corporal sem doenças associadas, mas com maior risco de desenvolver problemas de saúde no futuro. Tanto a obesidade clínica quanto a pré-clínica exigem atenção médica, com foco em tratamentos personalizados para reduzir o risco de doenças e melhorar a qualidade de vida. Essas abordagens podem incluir medicamentos para controle do apetite e da massa gorda, acompanhamento nutricional e atividades físicas regulares
Obesidade IMC Risco À Saúde Distribuição De Gordura Obesidade Clínica Obesidade Pré-Clínica
Brasil Últimas Notícias, Brasil Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.
Mais que IMC: especialistas propõem reformulação de diagnóstico da obesidadeNem sempre pessoas com excesso de gordura corporal têm um IMC que indique obesidade. Revisão também prevê duas novas categorias para realização do diagnóstico: obesidade clínica e obesidade pré-clínica.
Consulte Mais informação »
Medicamentos para Obesidade Revolucionam a Saúde e a CulturaJohann Hari explora o impacto dos medicamentos para obesidade Ozempic e similares em seu novo livro 'Adelgazar a qualquer preço'. O jornalista relata sua experiência pessoal, entrevistando especialistas e cientistas, sobre os benefícios e riscos desses tratamentos, suas implicações para a saúde física e mental e o futuro da sociedade.
Consulte Mais informação »
Obesidade: por que especialistas querem mudar diagnósticoRelatório endossado por 50 profissionais de todo o mundo estabelece parâmetros para definir quando obesidade de fato é uma doença - e questiona o uso do IMC para o cálculo do peso ideal.
Consulte Mais informação »
Semaglutida: Tratamento contra a Obesidade Pode Chegar ao SUSO Ministério da Saúde analisa a inclusão da semaglutida no SUS, um medicamento que promete auxiliar na luta contra a obesidade. Apesar de já ser popular no Brasil, o alto custo do medicamento é um obstáculo para a sua disponibilização na rede pública. A análise do impacto econômico, juntamente com a eficácia e segurança, será crucial para a decisão do Ministério da Saúde.
Consulte Mais informação »
Nova Proposta Altera a Maneira de Diagnosticar ObesidadeUma nova proposta publicada na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology busca mudar a forma como diagnosticamos obesidade. A proposta, endossada por 75 organizações médicas, defende a utilização de métodos além do IMC, como medidas de gordura corporal e sinais e sintomas, para um diagnóstico mais preciso e personalizado.
Consulte Mais informação »
Mudança no diagnóstico de obesidade pode diminuir estigma e melhorar tratamento; entendaGrupo internacional sugere alterações que devem favorecer abordagens personalizadas
Consulte Mais informação »