Presidente eleito escalou para a linha de frente da equipe de transição quadros que já foram considerados despreparados para a negociação política
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Em 2015, quando o avanço da Operação Lava-Jato e a possibilidade de abertura de um processo de impeachment ameaçavam Dilma Rousseff, Lula e petistas graduados prepararam uma intervenção no governo com o objetivo de salvar o segundo mandato da então presidente. Por pressão deles, Dilma trocou o comando da Casa Civil, substituindo Aloizio Mercadante por Jaques Wagner. Ou, como se disse na época, um “amador” por um “profissional”.
Mercadante caiu em desgraça por um monumental erro de avaliação. Ele convenceu Dilma de que a Lava-Jato atingiria apenas os parlamentares, que ficariam emparedados, e não desestabilizaria a presidente, que sairia lucrando politicamente ao lidar com um Congresso enfraquecido. Isso não ocorreu, e Wagner assumiu a Casa Civil exatamente para tentar consertar o estrago e impedir a derrocada petista.
O plano original de intervenção previa outras mudanças. Lula queria que Dilma convidasse José Múcio Monteiro para ajudar na articulação política e nomeasse Nelson Jobim para o Ministério da Justiça, no lugar de José Eduardo Cardozo. O petista nunca gostou de Cardozo e o considerava despreparado para conter a Lava-Jato.
Parte desses personagens está na equipe de transição do governo. Os “profissionais” Jaques Wagner e Múcio são cotados para os ministérios da Casa Civil e da Defesa. Mesmo que não sejam escolhidos, continuarão no seleto grupo de conselheiros de Lula. Já Mercadante pode até assumir uma pasta, mas a tendência é que seja de menor porte. O amadorismo no passado tende a servir de teto para a sua redenção.
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