Pesquisadores temem que onda chegue ao Brasil entre dezembro e janeiro, provocando novo aumento nos casos e nas mortes por covid
Fim do PodcastA última edição do documento,, mostra que a situação da Europa está instável: nas três semanas de outubro, os números de casos e mortes subiram e, depois, caíram.Mesmo assim, dos cinco países que detectaram mais casos de covid-19 nos últimos sete dias, três são europeus: Alemanha , França e Itália . Os outros dois são China e Estados Unidos .
Com aumento de casos e até de hospitalizações, alguns Estados da Alemanha, por exemplo, avaliam a reintrodução da obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares fechados ou o reforço das campanhas de testagem. As análises mostram que a variante ômicron BA.5 continua a ser dominante e aparece em 78,9% das amostras.Uma nova variante que começa a chamar a atenção das autoridades é a XBB, que mescla mutações da BA.2.10.1 e da BA.2.75.
Com as evidências disponíveis até o momento, portanto, o aumento de casos percebidos na Europa parece ser causado pela "família" ômicron. A situação na Europa, por ora, parece estar relacionada ao completo relaxamento das medidas restritivas — como era natural que acontecesse com a melhora da situação pandêmica.
"A preocupação deveria estar em completar o calendário de vacinação daqueles que estão com doses atrasadas", sugere o virologista.72,6% dos europeus completaram o esquema inicial de imunização. Apenas 53,9% deles tomaram a terceira vacina, considerada fundamental para proteger contra as formas mais graves da infecção provocada pela variante ômicron.
"Não há tempo a perder. Nós encorajamos todo mundo que for elegível, especialmente os mais vulneráveis, a tomar as doses assim que possível", complementam. "Com isso, o indivíduo pode avaliar a situação, usar máscaras em locais fechados, tomar as doses de vacina e se isolar se estiver com algum sintoma de infecção respiratória", propõe.Por ora, a situação no país parece rumar para uma diminuição dos indicadores mais importantes relacionados à crise sanitária.
"Nosso receio é que se repita o panorama de outros anos, em que a onda de casos no outono europeu se refletiu numa elevação de infecções e mortes por covid em dezembro e janeiro no Brasil", analisa Spilki.