Marco Balzano reconstrói em ‘Resto Qui’ a história não contada de Curon, uma localidade do Alto Adigio (Itália) submetida pelo fascismo de Mussolini e “resgatada” pelos nazistas
não o foi para alguns —“tão pouco cultos que a única coisa que viam é que tinham trabalho e podiam voltar a falar alemão”, afirma o escritor— e mostrar que, “em nome do progresso”, tudo se permite.
“Essa gente odiava profundamente Mussolini porque vinham empobrecendo sob seu jugo desde 1921, e o que ela viu, quando os nazistas tomaram a Itália, em setembro de 1943, foi que as obras da represa pararam, que Hitler lhes dava trabalho —construindo as estradas que levavam aos, algo que não sabiam exatamente em que consistia—, e que podiam voltar a falar sua língua.
O romance tem a forma de uma longa carta que Trina escreve à sua filha. Não sabe se a filha voltará, ou se desapareceu para sempre, mas se poderia dizer que é sua única ancoragem no mundo. Que lhe contar o que vive dia a dia torna sua vida mais suportável. É um dia a dia que não tem nada a ver com o nosso. “Isso é algo que como escritor também me interessa. A velocidade com que tudo muda, e mudou no século XX.
O que ocorreu com a represa de Curon? O que foi daquelas pessoas? “Acabaram em casas pré-fabricadas. As mesmas nas quais acabaram os nazistas e fascistas que se fizeram passar por democratas quando a guerra acabou”, diz. Valeu a pena, pelo menos, que o povoado se perdesse? Forneceu energia à região? “Durante dez anos a represa de Curon foi a maior da Europa, e era justamente isso que se propunham.
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