Opinião|Dizia-se que não havia mais espaço para golpes “old school” na América Latina, com militares acossando governos democraticamente eleitos. A era das repúblicas bananeiras já estaria há algum tempo no retrovisor. Ledo engano. Leia mais:
Quando Dilma foi golpeada em 2016, o impeachment foi chamado por alguns de “golpe branco”, levando em conta que a tomada do poder do Estado não ocorreu pelos meios convencionais, violentos, mas por malabarismos institucionais que tinham o intuito de lhe conferir a aparência de legalidade.
Ainda, a chefe da justiça eleitoral foi presa, ficando sob a custódia de encapuzados, e ministros e parlamentares do MAS, partido de Evo, tiveram que se abrigar na embaixada do México para se proteger de ameaças após também terem suas casas queimadas. Em uma rede social, o presidente denunciou a intenção da polícia em prendê-lo. Enquanto rumava para o México na condição de asilado, sua casa era saqueada.
Até 1952, a Bolívia viveu sob um apartheid entre brancos e indígenas, que não tinham direito a voto, a identidade e mesmo a frequentar alguns lugares públicos. A chegada de Evo ao poder mexeu com os brios da elite branca, disposta a partir para o vale-tudo para retomar privilégios. Provavelmente foi com risadas que os facínoras receberam a juvenil estratégia governista de reagir ao golpismo com iniciativas legalistas e conciliatórias.
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