Governo Lula tem 'fogo amigo' entre possíveis presidenciáveis
Desde a instituição da reeleição no Brasil, no fim da década de 90, todo presidente da República ungido pelas urnas tentou renovar o mandato — e só Jair Bolsonaro fracassou na missão. Ninguém sabe seserá candidato em 2026. O petista já disse que não disputaria novamente. Depois, deu a entender que pode mudar de ideia.
Dentro do PT, há pelo menos três nomes cotados para concorrer ao Palácio do Planalto caso Lula não tente a reeleição — e eles, a três anos e meio da futura sucessão presidencial, já estão envolvidos numa rede de intrigas e reclamações. A presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann, uma das cotadas, já bateu de frente publicamente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em temas considerados prioritários.
No início do ano, Gleisi levou a melhor no caso da prorrogação da desoneração dos combustíveis. Agora, perdeu no embate sobre o novo arcabouço fiscal, em que Lula prestigiou Haddad, considerado o primeiro nome na fila de sucessão. “A Gleisi acha que é mais importante do que realmente é”, diz um ministro que assiste à disputa.
Em 2018, quando estava preso e inelegível, Lula considerou a possibilidade de lançar tanto a deputada como o ministro contra Bolsonaro e acabou escolhendo Haddad. Além dos dois, completa a lista de presidenciáveis do PT o chefe da Casa Civil, Rui Costa, que tem despertado reclamações por adotar, às vezes, uma postura de trator. Nos bastidores, integrantes da equipe de Haddad dizem que Costa mina o quanto pode a ação do ministro da Fazenda.
O fogo amigo é uma tradição petista. A disputa pelo posto de sucessor natural de Lula também. José Dirceu e Antonio Palocci, por exemplo, protagonizaram um duelo parecido quando comandavam a Casa Civil e a Fazenda. Apesar do chumbo trocado, nenhum dos dois, como se sabe, concorreu à Presidência.
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