Com as restrições impostas, muitos pacientes ficarão completamente vulneráveis as suas doenças graves, algumas delas degenerativas
Eis uma excelente notícia: muitos médicos e muitas associações de saúde não seguirão a absurda decisão emanada do Conselho Federal de Medicina que decidiu drasticamente fechar o leque de enfermidades tratadas com Canabidiol. Tais médicos e tais associações continuarão valendo-se da Cannabis sempre que ela significar o cuidado mais adequado e eficaz para o paciente – e, às vezes, o único possível.
Durante a pandemia, o CFM calou-se e nenhuma providência tomou contra autoridades federais que defendiam a administração da medicação cloroquina no tratamento da Covid-19 – essa posição contrariava pareceres da comunidade científica internacional que alertava para a inocuidade do remédio e eventuais riscos quando empregado no combate ao vírus Sars-Cov-2. O Conselho Federal de Medicina foi só silêncio.
O CFM está, assim, movendo-se de forma equivocada e na contramão, novamente, do conhecimento científico internacional — uma vez que vem crescendo em todo o planeta o número de respostas positivas ao emprego do canabidiol. A resolução 2.324/22 restringe a prescrição do canabidiol a epilepsias pontuais de crianças e adolescentes que não respondam às terapias convencionais na Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e no Complexo de Esclerose Tuberosa. Outros males, dentre eles dores crônicas, fibromialgia, Parkinson e Alzheimer , encontram-se fora do rol de permissão do CFM.