Os novos líderes da Síria demonstram um compromisso com os países que consideram o ex-presidente Assad um pária e prometem disolver facções rebeldes. Apesar das classificações como terroristas por alguns países, o grupo HTS tenta moderar sua retórica e promete proteger minorias. A comunidade internacional, incluindo a UE e a França, está a iniciar contatos com os novos líderes, enquanto a ONU prevê o retorno de quase um milhão de refugiados sírios até junho de 2025.
Os novos líderes da Síria intensificaram nesta terça-feira seu compromisso com os países que consideram o presidente deposto Bashar al Assad um pária e prometeram dissolver as facções rebeldes que contribuíram para derrubar a dinastia que dominou o país durante 50 anos. Abu Mohamed al Jolani, líder da coalizão, também fez um apelo e pediu o fim das sanções internacionais.
As novas autoridades enfrentam o desafio de unificar um país dilacerado por 13 anos de guerra e de tranquilizar a comunidade internacional, que começa a estabelecer contatos com os seus líderes.O líder do grupo radical sunita Hayat Tahrir al Sham (HTS), que comandou a ofensiva rebelde, reuniu-se na segunda-feira com representantes britânicos. A França enviou a primeira missão diplomática a Damasco em 12 anos, liderada por Jean-François Guillaume, que disse que o seu país de preparava para apoiar os sírios durante o período de transição. O grupo HTS, antigo braço sírio da Al-Qaeda, afirma que rompeu com o jihadismo, mas continua sendo classificado como'terrorista' por várias capitais ocidentais, incluindo Washington e Londres. Agora no poder, tenta moderar sua retórica e prometeu proteger as minorias religiosas. A União Europeia (UE) reabrirá a sua missão na Síria após conversações'construtivas' com a sua nova liderança, disse a chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas, que descreveu a iniciativa como um'passo muito importante'. A ONU prevê que quase um milhão de refugiados sírios retornem ao seu país no primeiro semestre de 2025. 'Prevemos (...) que perto de um milhão de sírios regressarão entre janeiro e junho', disse em Genebra Rema Jamous Imseis, diretora da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) do Oriente Médio e Norte da África.A Síria foi alvo de sanções internacionais devido à repressão de Assad aos protestos, desencadeando uma guerra que matou mais de 500 mil pessoas e forçou metade da população a fugir das suas casa
Síria Assad HTS Refugiados Retorno
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