Em última sessão como procuradora-geral da República no plenário do STF, ela afirmou que 'esforço do século XXI' é impedir 'morte' da democracia brasileira
Na abertura de sua última sessão no plenário do Supremo Tribunal Federal como procuradora-geral da República, nesta quinta-feira, 12, Raquel Dodge demonstrou preocupação com a democracia no Brasil e alertou os ministros da Corte a ficarem “atentos a todos os sinais de pressão sobre a democracia liberal” no país.
“Permitam-me fazer um alerta para que permaneçam atentos a todos os sinais de pressão sobre a democracia liberal, vez que no Brasil e no mundo surgem vozes contrárias ao regime de leis, ao respeito aos direitos fundamentais e ao meio ambiente sadio também para as futuras gerações”, disse a procuradora-geral da República.
Três dias depois de o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro , filho do presidente Jair Bolsonaro, publicar no Twitter que o país não terá transformações rápidas por vias democráticas, a chefe da PGR se dirigiu à sociedade e a “todas instituições da República” para pedir que “protejam a democracia brasileira, tão arduamente erguida em caminhos de avanços e retrocessos, mas sempre sob o norte de que a democracia é o...
No discurso, Raquel Dodge defendeu ainda a autonomia do Ministério Público e afirmou que cabe à instituição uma “grave responsabilidade”, a de “acionar o sistema de freios e contrapesos, para manter leis válidas perante a constituição, pare proteger o direito e segurança a todos, para defender minorias, trazendo casos a esta corte, porque o Supremo precisa ser acionado para que possa decidir”.
Escolhida para a chefia da PGR pelo ex-presidente Michel Temer , em 2017, Dodge ficará à frente do Ministério Público Federal até o próximo dia 17. O presidente Jair Bolsonaro indicou à vaga dela o subprocurador Augusto Aras, o primeiro indicado à PGR desde 2003 fora da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República , eleita por procuradores.
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