Sem aceitar o resultado da eleição, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os manifestantes pregam bandeiras antidemocráticas, como a defesa de uma intervenção militar e a anulação do processo eleitoral
Bolsonaristas do Rio de Janeiro, berço político de Jair Bolsonaro , se reúnem nesta quarta-feira em frente ao Comando Militar do Leste, sede do Exército que abrange Rio, Espírito Santo e a maior parte de Minas Gerais. .
A adesão ao ato é grande. Por volta das 11h, os apoiadores do candidato derrotado já lotavam a praça em frente ao Palácio Duque de Caxias, onde há uma estátua do patrono do Exército brasileiro. Localizado ao lado da Central do Brasil, o prédio fica no centro da cidade – próximo a lugares históricos da República, como o Campo de Santana e a casa de onde o marechal Deodoro da Fonseca saiu para proclamar o fim do Império, em 1889.
No Twitter, a Polícia Militar do Rio publicou foto em que três agentes da corporação posam ao lado de um integrante do Exército, o que foi criticado por pessoas que viram na publicação um sinal de apoio ao movimento. “Estamos, em conjunto com o Exército, acompanhando de perto as manifestações populares que ocorrem em diferentes pontos do Estado do Rio de Janeiro”, escreveu o perfil da PM.
Ontem, convocações para a manifestação começaram a se intensificar em grupos bolsonaristas. Os apoiadores do presidente interpretaram o breve discurso dele sobre o resultado da eleição como um convite para ir às ruas. “Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, disse o mandatário logo no começo da fala.
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