PT pretende criar um cordão de isolamento para proteger o ex-presidente de xingamentos em suas aparições públicas
O ex-presidente Lula chega ao Recife para giro pelo Nordeste, acompanhado de aliados Ricardo Stuckert/DivulgaçãoO tumulto que marcou a chegada do ex-presidente Lula ao Piauí é uma pequena amostra do que deve se repetir ao longo da campanha de 2022. Na terça-feira, 17, manifestantes pró e contra o PT entraram em confronto no aeroporto de Teresina. A polícia interveio e retirou os bolsonaristas.
O petista já disse a interlocutores que pretende adiar ao máximo o retorno às ruas. Sabe que será chamado de corrupto, de ladrão. O discurso para enfrentar esse debate está pronto desde abril, quando ele retomou os direitos políticos: vai dizer que foi julgado por um juiz parcial e que as condenações foram anuladas, o que mostra sua idoneidade.
Isso, evidentemente, não vai conter os ataques. Lula, de fato, teve suas condenações por corrupção anuladas por questões formais, mas ele continua a responder processo por corrupção. Para evitar constrangimento, o PT pretende, sempre que possível, manter uma claque de apoiadores nos lugares por onde o ex-presidente passar.
A equipe do ex-presidente também está preocupada com a segurança do candidato. Interlocutores do petista reconhecem que a polarização é inevitável, que a eleição vai ser acirrada e as militâncias vão se enfrentar nas ruas — o que exige cuidados. No entanto, afirmam que o principal líder do partido tem maturidade e tranquilidade para enfrentar os ataques de eleitores e não se intimidar com ofensas.
Aliados de Lula dizem que, apesar de o cenário hoje ser muito favorável ao petista, a eleição ainda está longe e a disputa não está ganha. Reconhecem que a situação do ex-presidente na região Sul não é confortável, ao contrário do Nordeste, onde ele já intensificou a pré-campanha.
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