O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, concordou com uma trégua provisória com o Hamas e ordenou a libertação de quatro reféns israelenses em troca de 200 prisioneiros palestinos. A decisão foi criticada por grupos radicais, mas Netanyahu defendeu o acordo como uma questão de custo-benefício, buscando a libertação de todos os reféns em uma etapa posterior.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu , participou de uma reunião no centro de comando do Ministério da Defesa em Tel Aviv. Em uma demonstração de pragmatismo, Netanyahu concordou com a trégua e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, apesar de críticas de grupos radicais. Neste primeiro estágio do acordo, quatro reféns - Karina, Daniella, Naana e Liri - foram libertadas, enquanto a busca por Arbel Yahud, de 29 anos, continua.
Segundo fontes de inteligência, Netanyahu avaliou a situação como uma questão de custo-benefício, optando por receber as reféns em mãos e negociar a libertação de Arbel em uma fase posterior. Além disso, Netanyahu ordenou a libertação de 200 prisioneiros palestinos, cumprido o acordo estabelecido com o Hamas. Para evitar futuras acusações de violação de acordo por parte de Israel, Netanyahu optou por cumprir a parte do acordo referente à libertação dos prisioneiros. Uma peculiaridade surgiu quando o Hamas incluiu o nome de um palestino preso em Israel por acusações criminais na lista de prisioneiros a serem libertados. O palestino, cujo nome foi mantido em sigilo, recusou a libertação, alegando que seria morto pelo Hamas caso retornasse à Faixa de Gaza. Como resultado, o governo de Israel, em coordenação com a autoridade penitenciária, trocou o prisioneiro por outro, garantindo a segurança do palestino e evitando um impasse diplomático. A direita radical israelense, como esperado, reagiu com protestos contra a aceitação da trégua. Itamar Ben-Gvir, um líder da direita radical que também representa a comunidade de judeus russos radicais, expressou felicidade pela libertação das reféns, mas continuou a defender a destruição do Hamas. Ele criticou o que considerou uma vitória do Hamas, que está comemorando a libertação de prisioneiros em Ramalah. Ben-Gvir afirmou que o próximo dia 7 de outubro se aproxima, um dia crucial para Israel. Netanyahu, após o sucesso da operação militar contra o Hezbollah no Líbano, viu sua popularidade aumentar, tornando-o menos dependente do apoio da direita radical para manter seu cargo. Apesar da pressão exercida por membros radicais do Conselho de Guerra, incluindo Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, Netanyahu manteve o controle, demonstrando que não é totalmente refém das demandas da direita radical. Críticos de Netanyahu argumentam que ele está adotando o discurso da direita radical sobre a eliminação completa do Hamas e a libertação dos reféns, ignorando a contradição entre essas posições. Para eles, a extermínio do Hamas levaria ao fim dos reféns, um paradoxo facilmente perceptível
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