Embora a quantidade de ingressantes cotistas venha caindo desde 2019, é a primeira vez em que há redução de maneira simultânea ao aumento no número total de alunos que entram em universidades
Lei de Cotas: foram 108,6 mil calouros cotistas em 2022, 16 mil a menos do que no ano anterior No momento em que o Congresso discute estender a, mostram uma redução no número de estudantes que ingressaram em instituições federais por meio do mecanismo.
— A cada ano que passa, os jovens ganham mais consciência que, se a universidade não garantir condições de permanência, eles terão um ingresso traumático. Não basta permitir a entrada, é preciso garantir a permanência — afirmou o especialista. — Antes, entrar na universidade era um sonho distante para mim. Agora eu sei que tenho capacidade técnica para exercer um cargo com boa remuneração e mudar minha realidade e das pessoas ao meu redor — relata Sousa Junior.
— Acredito que, com a pandemia, muitos estudantes de escola pública que poderiam ingressar na universidade acabaram não entrando porque tiveram que começar a trabalhar para sustentar a família e perderam a educação superior como uma perspectiva de futuro — comenta. Segundo a série de estudos “Levantamento das Políticas de Ação Afirmativa nas Universidades Públicas brasileiras”, a oferta de vagas nas universidades federais pela ampla concorrência ficou praticamente constante, em torno de 120 mil, de 2020 a 2021. Já as vagas reservadas caíram de 146 mil em 2020 para 132,4 mil em 2021, ou seja, diminuição de 9% de um ano para o outro.